‘Blocos de construção da vida’: James Webb faz descoberta surpreendente em nuvem gelada

Este telescópio foi inaugurado há pouco mais de um ano. Saiba mais informações!

O telescópio espacial da Nasa, James Webb, recentemente avistou alguns indícios de que é possível haver vida em uma nuvem gelada. Depois dessa descoberta, a agência espacial americana formulou um inventário repleto de informações sobre a possibilidade e sobre o que foi visto por meio do telescópio.

Essa nuvem gelada é extremamente fria; inclusive, a mais fria de todas que a agência espacial já avistou. Além disso, não encontraram apenas blocos de gelo. Também detectaram outros conceitos básicos para existir vida.

Possibilidade de vida em uma nuvem gelada 

A nuvem gelada tem o nome de Chameleon I e está a 630 anos-luz de distância da Terra, de acordo com os cientistas da Nasa. Durante essa descoberta, encontraram diversos tipos de moléculas junto aos blocos de gelo, que, por sua vez, naturalmente, se transformam em água.

Apesar de essa nuvem ser extremamente fria, o que dificulta a possibilidade de habitação, ela possui algumas características que possibilitam a existência de vida nela, como as moléculas orgânicas que encontraram e o gelo. Pelo que se sabe, a existência de moléculas orgânicas é necessária para haver a possibilidade de habitar um lugar.

Os cientistas envolvidos nesse acontecimento alegam:

“Nossos resultados fornecem informações sobre o estágio químico escuro e inicial da formação de gelo em grãos de poeira interestelar que se transformarão em seixos de tamanho centimétrico, a partir dos quais os planetas em discos se formam.

Essas observações abrem uma nova janela para os caminhos para a formação das moléculas simples e complexas necessárias para fazer os blocos de construção da vida”, completam os cientistas.

Por conta da descoberta, os cientistas agora compreendem que as moléculas orgânicas também podem se formar em lugares muito frios, como nessas nuvens geladas, antes de as estrelas nascerem.

“Nossa identificação de moléculas orgânicas complexas, como metanol e potencialmente etanol, também sugere que os muitos sistemas estelares e planetários que se desenvolvem nessa nuvem em particular herdarão moléculas em um estado químico bastante avançado”, disse o astrônomo Will Rocha.

“Isso pode significar que a presença de precursores de moléculas prebióticas em sistemas planetários é um resultado comum da formação de estrelas, e não uma característica única de nosso próprio sistema solar”, completou ele.

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