Origem da consciência: estudo desafia nosso entendimento sobre o cérebro humano

Desbravando a fronteira científica, um estudo inovador sugere que a consciência humana pode se manifestar antes mesmo do nascimento.

A natureza da consciência, especialmente em recém-nascidos, continua a intrigar cientistas, filósofos e especialistas em inteligência artificial.

Em uma pesquisa colaborativa que envolveu instituições da Austrália, da Alemanha, da Irlanda e dos Estados Unidos, uma revisão abrangente sobre a consciência pré-natal e neonatal sugere uma perspectiva diferente da tradicional.

Explorando os mistérios da consciência inicial

Imagem: Reprodução

Contrariando a crença de que a consciência se desenvolve apenas meses após o nascimento, o estudo propõe que ela pode surgir mais cedo, possivelmente no último trimestre de gravidez.

A afirmação se baseia na ideia de que, caso a consciência ocorra durante a gestação, ela emerge por volta das 35 semanas.

Os pesquisadores, liderados por Tim Bayne da Universidade de Monash, destacaram a curiosidade universal sobre as experiências infantis e a falta de memória pessoal dessa fase.

O estudo sugere que a consciência não é um evento súbito, mas sim um despertar gradual, que pode começar durante a gravidez.

Foram identificados quatro marcadores-chave para rastrear a consciência: conectividade funcional, redes cerebrais frontais, integração multissensorial e marcadores neurais da consciência perceptual.

Esses marcadores supostamente aparecem em diferentes estágios, sendo a integração multissensorial a última.

Lorina Naci, coautora do estudo, destaca a capacidade potencial dos recém-nascidos de integrar respostas sensoriais e cognitivas, auxiliando na compreensão das ações dos outros e no planejamento de suas próprias respostas.

Embora reconheçam as complexidades da consciência, os autores argumentam contra a visão de que recém-nascidos são predominantemente inconscientes.

Acredita-se que avanços na magnetoencefalografia fetal (MEG) e métodos aprimorados de análise das leituras de fMRI possam fornecer insights mais profundos.

Em resumo, embora o estudo tenha lançado luz sobre a possibilidade de a consciência emergir antes do esperado, o complexo mundo do desenvolvimento humano ainda guarda muitos segredos.

A ideia de que os recém-nascidos podem estar mais conscientes do que se pensava desafia noções estabelecidas, destacando a necessidade de mais pesquisas e avanços tecnológicos.

Essas descobertas desafiadoras foram publicadas na revista “Trends in Cognitive Sciences”.

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