Odiada por Stan Lee, amada pelos fãs: história que redefiniu 'Homem-Aranha'
A polêmica história que mudou para sempre o destino de Peter Parker e dividiu opiniões entre fãs e o cocriador do icônico herói.
O Homem-Aranha certamente é um dos heróis mais conhecidos e amados de todos os tempos, e sua fama não para de crescer ao longo dos anos.
Desde sua estreia em ‘Amazing Fantasy #15’, em 1962, até ‘Spider-Man #121-122’, de 1973, o ‘amigo da vizinhança’ passou por uma série de desafios, mas nenhum tão impactante quanto a trama que redefiniu sua trajetória.
Enquanto a década de 1970 chegava ao fim, as demandas dos leitores por profundidade psicológica alteraram o cenário das histórias em quadrinhos de super-heróis, levando a uma reviravolta que deixou o cocriador Stan Lee desapontado.
Evento canônico: amado pelos fãs, odiado pelo criador
Em uma entrevista ao The Comics Journal em outubro de 1978, Stan Lee revelou sua máxima aversão à mudança nas origens dos personagens, citando especificamente a morte de Gwen Stacy como o evento que mais o incomodou.
Gerry Conway, o roteirista responsável, ousou matar a amada de Peter Parker, usando-a como isca em uma trama sombria que desencadeou a Era de Bronze dos quadrinhos.
A morte de Gwen Stacy nos quadrinhos – Imagem: Marvel Comics/Reprodução
A morte brutal de Gwen Stacy, com seu pescoço quebrado pela própria teia que deveria salvá-la, transformou o Homem-Aranha em um herói mais sombrio, marcado pela solidão e pela culpa.
Tal mudança radical marcou o início de uma nova fase nas histórias do herói, que passou a lutar ainda mais para proteger aqueles que ama, mesmo que isso significasse perder partes de si.
Embora Stan Lee tenha expressado sua aversão à decisão de Conway, os fãs abraçaram a transformação, reconhecendo-a como um marco significativo na evolução do Homem-Aranha como herói e protagonista.
A abordagem mais madura e sombria do personagem tornou-se uma parte essencial de sua identidade, moldando-o como o herói resiliente que conhecemos hoje.
Uma mudança odiada por seu criador, mas que, ironicamente, se tornou uma das mais aclamadas pelos fãs na história dos quadrinhos.