No México há uma passagem subterrânea para o mundo dos mortos; entenda

O labirinto foi criado pelos zapotecas no século 6 a.C., como uma espécie de entrada para o submundo. Você tem coragem de entrar?

Parece filme de terror, mas é a realidade! Existe uma passagem no México que leva ao mundo dos mortos, a qual foi descoberta pelos arqueólogos do Instituto Nacional Mexicano de História e Antropologia (INAH).

Durante a exploração, os estudiosos encontraram construções antigas encobertas na área subterrânea da Igreja de San Pablo Apóstol. Acredita-se que elas pertenciam à cultura zapoteca e foram criadas há mais de 1.000 anos.

Passagem subterrânea no México: como surgiu?

A estrutura constitui-se de um sistema de câmaras e túneis, elaborado no sítio arqueológico de Mitla, próximo à Oaxaca, cidade no sul do país.

Foi neste local que, a partir de 700 a.C., os zapotecas surgiram e criaram diversas estruturas, como tumbas e monumentos, relacionados ao pós-vida.

Esse povo se manteve na região até 1521 d.C., quando os espanhóis dominaram a região.

Cerca de 100 anos depois, suas construções, que já estavam em decadência, foram reutilizadas pelos espanhóis para a fundação da igreja católica, a qual foi instituída no topo das estruturas.

Os pesquisadores sugerem que o labirinto subterrâneo no México foi desenvolvido entre 250 d.C. a 900 d.C., mas atingiu o maior tamanho em torno do século 16 d.C., um pouco antes dos espanhóis chegarem à região.

México abriga uma passagem subterrânea que leva ao mundo dos mortos – Imagem: Project ARX/Reprodução

Processo de descoberta dos arqueólogos

Enquanto exploravam a área, os arqueólogos utilizaram três tipos de escaneamento geofísico: uma tomografia de ruído sísmico, um radar que adentra o solo e uma tomografia de resistividade elétrica.

Assim, os equipamentos possibilitaram que a equipe tivesse acesso a uma visão em 3D das ruínas subterrâneas.

Os especialistas identificaram a passagem subterrânea constituída de túneis abaixo de um grupo de estruturas chamado ‘Church Group’.

Além disso, foi detectado também uma grande câmara, em torno de 5 a 8 metros abaixo do solo.

Conforme dispõe os arquivos da era colonial, em conjunto à tradição local, tais construções foram criadas pelos zapotecas como uma porta para o mundo dos mortos, já que eles julgavam Mitla (nome da região) como a “entrada para o submundo”.

Embora já houvesse boatos de que a passagem existia, os arqueólogos ficaram surpresos com sua profundidade e tamanho.

E ainda não se sabe, de fato, o quão grande é o labirinto, para descobrir, serão necessárias outras investigações.

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