Nintendo mira nos eSports, mas com restrições inimagináveis

Saiba tudo sobre o guia restritivo para torneios de jogos Nintendo no mundo dos eSports.

A Nintendo, reconhecida por seu zelo em relação às suas propriedades intelectuais, revelou recentemente um guia de regras restritivas para torneios de eSports que usam seus jogos.

A comunidade, já familiarizada com a postura superprotetora da empresa, ficou surpresa com as limitações apresentadas no documento.

O que Nintendo pretende com os eSports

O guia, direcionado a torneios de pequeno porte, estipula restrições severas em diversos aspectos.

Limitando o número de participantes e impondo restrições financeiras, a Nintendo delineia um conjunto de normas que abrange desde a venda de ingressos até a escolha de acessórios e nomes de competições.

Imagem: Adobe Stock Photos/Reprodução

As competições, de acordo com o guia, devem ter um limite estrito de participantes por dia, valores fixos para ingressos e inscrições, além de proibições quanto ao lucro direto com o evento.

Restrições quanto ao uso de acessórios não licenciados, incluindo aqueles voltados para acessibilidade, também foram destacadas.

Outras limitações, como a proibição de utilizar marcas da Nintendo no nome das competições e a impossibilidade de venda de comida, bebida e merchandising nos eventos, geraram controvérsia e preocupação na comunidade de eSports.

Essas restrições, aplicadas aos torneios de pequeno porte, são apenas um vislumbre das práticas restritivas da Nintendo.

Mesmo eventos maiores requerem uma licença específica da empresa, e o relacionamento entre a Big N e os organizadores de eSports tem se mostrado tenso, como evidenciado pelo cancelamento do “Smash World Tour” em 2022.

Embora algumas competições de Smash Bros“. e “Splatoon” não se enquadrem nessas restrições, o debate persiste entre os entusiastas.

Alguns expressam preocupações com o futuro desses torneios, enquanto outros acreditam que as competições licenciadas permanecerão inalteradas.

A reação da comunidade não foi uniforme. Alguns indivíduos, como Alex Jebailey da CEO Gaming, recomendam a antecipação na realização dos eventos para evitar possíveis problemas futuros.

Elisabeth Sivertsen, uma streamer que promove a acessibilidade, critica a exclusão de jogadores com base na limitação de acessórios de terceiros.

A Nintendo, conhecida por sua postura inflexível em relação às regras de seus jogos, parece improvável que recue diante das críticas.

Apesar disso, as restrições levantam debates importantes sobre acessibilidade, inclusão e liberdade nas competições de eSports, onde a diversão e a participação de todos deveriam ser prioridades.

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