Mistério: teoria sobre expansão do universo aponta ação de 'não partículas'
Estudo feito por universidade de Israel desenvolve teoria que tenta conciliar cálculos e conceitos sobre o aumento do espaço.
Um estudo recente feito por cientistas da Universidade de Ariel, em Israel, evidenciou uma ideia inédita sobre o que contribui, hoje, para a expansão do cosmos. De acordo com a pesquisa, trata-se de uma forma misteriosa de matéria.
Os responsáveis pelo estudo definem essa nova matéria como ‘não partículas’. Segundo eles, a expansão cada vez mais rápida do universo é impulsionada por elas e não por uma constante cosmológica.
A descoberta da pesquisa é contrária ao que vinha sendo adotado como explicação para esse fenômeno.
Os estudos, até então, indicavam que uma energia escura, na forma de uma constante cosmológica, estaria por trás do aumento do cosmos.
Mudança com a descoberta das ‘não partículas’
Pesquisadores tentam entender o que está por trás da expansão do universo – Foto: Freepik/Reprodução
Com a possível ação das ‘não-partículas’, os cientistas lidam agora com um desafio ao Modelo Padrão da física de partículas, que, de certa forma, estão mais alinhadas com a questão astronômica.
Todos esses tópicos, como aumento do universo, surgimento de novas estruturas, galáxias e outros, têm gerado enorme debate na comunidade científica. Não por acaso, é comum haver algumas discrepâncias.
Uma delas se refere ao valor medido da constante de Hubble, que calcula a taxa de expansão do universo e o parâmetro S8, que serve de indicativo sobre a formação de novas estruturas em grande escala.
A teoria das ‘não partículas’ foi introduzida pelo físico teórico Howard Georgi. Elas são definidas por ele como uma matéria bem peculiar, pois não têm momento e massa definidos, assim se comportam livremente e de maneira fluída.
Hipótese do estudo feito em Israel
Esse contexto envolvendo as ‘não partículas’ contribui ainda mais para que elas sejam consideradas as responsáveis por impulsionar a energia escura.
O estudo israelense criou um modelo que concilia as medições da constante de Hubble e do parâmetro S8, de forma que oferece uma explicação única em conformidade com os dados de observação.
Falta, agora, avançar mais na comprovação empírica. Os autores estão confiantes na confirmação da teoria e querem testá-la com aceleradores de partículas.
Desse modo, se o resultado for positivo, será, com certeza, mais um mistério desvendado sobre o espaço.