Mistério: evidências arqueológicas levantam questões sobre vampiros

Descobertas arqueológicas na Polônia revelam práticas funerárias inusitadas relacionadas a Upiórs, antigas crenças em vampiros.

A noção sobre os vampiros transcende a imaginação alimentada pelos filmes de Hollywood e pela literatura moderna, remontando a tradições profundamente enraizadas em várias culturas ao longo da história.

Em um avanço extraordinário em 2022 e 2023, uma equipe da Universidade Nicolau Copérnico, na Polônia, descobriu um relíquias históricas que lançaram luz sobre antigas crenças e práticas funerárias associadas aos temidos Upiórs.

Os arqueólogos desenterraram restos mortais com aproximadamente 400 anos, revelando uma tradição de enterro peculiar que ecoa as crenças sobre vampiros na cultura polonesa.

Os ‘vampiros’ da Polônia

Imagem: Universidade Nicolau Copérnico/Reprodução

Esses achados intrigantes incluíam corpos enterrados com objetos distintos e peculiares, como foices de ferro colocadas estrategicamente sobre os pescoços dos falecidos, cadeados presos aos pés e correntes que fixavam os corpos ao solo.

Essa descoberta lança uma nova luz sobre uma antiga crença que, agora, pode ser associada ao que hoje conhecemos como vampiros.

A crença nos Upiórs, ou vampiros na tradição polonesa, estava profundamente enraizada na mentalidade e nas práticas funerárias da época.

Segundo isso, pessoas que faleceram em circunstâncias consideradas trágicas, como vítimas de doenças contagiosas, crianças não batizadas ou indivíduos que morreram de maneiras violentas, corriam o risco de retornar do mundo dos mortos como Upiórs.

Para prevenir essa terrível possibilidade, medidas extremas foram tomadas durante os rituais de enterro.

Os corpos dessas pessoas foram enterrados com artefatos específicos: a foice de ferro, colocada sobre o pescoço, era destinada a impedir que o suposto vampiro mordesse ou se alimentasse de outras vítimas.

Imagem: Universidade Nicolau Copernico/Reprodução

Os cadeados nos pés e as correntes fixadas ao solo visam restringir o movimento do corpo em caso de uma possível ressurreição, impedindo que o Upiór saia de seu túmulo.

Essas práticas, embora possam parecer estranhas à luz da compreensão moderna, eram profundamente enraizadas na crença e no medo das comunidades antigas em relação aos mortos-vivos.

As descobertas arqueológicas atestam essas práticas e fornecem evidências tangíveis das antigas opiniões sobre os Upiórs e da forma como as pessoas se preveniam contra possíveis ameaças recebidas dos mortos.

A descoberta desses restos mortais e seus acompanhamentos funerários fornece uma janela fascinante para o passado, não apenas desvendando práticas funerárias, mas também revelando as preocupações profundamente arraigadas das sociedades antigas.

Esta descoberta arqueológica não apenas enriquece nosso conhecimento sobre o passado, mas também nos leva a reavaliar e compreender melhor os medos e as origens ancestrais associadas aos seres que hoje chamamos de vampiros.

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