Monte Everest: microrganismos de seres humanos estão sendo preservados no local
Microrganismos de diferentes origens foram encontrados no gelo do Monte Everest por pesquisadores.
O Monte Everest, localizado no Nepal, é a montanha com maior altitude no planeta, sendo que o pico mais alto fica a 8.848,86 metros acima do nível do mar. Por essa razão, escalar o Monte Everest é um desafio e tanto para os alpinistas!
Todos os anos, aventureiros se desafiam a chegar ao topo do mundo, mas nem todos são bem-sucedidos nessa missão. No entanto, chegando ou não ao topo, todos esses aventureiros estão deixando pra trás microrganismos no gelo da montanha.
Fungos e bactérias encontrados no Everest
Recentemente, um grupo de pesquisadores da Universidade de Colorado em Boulder, situada nos Estados Unidos, descobriu a existência desses microrganismos. Essa foi a primeira vez que um estudo desse nível foi realizado na montanha, por conta do seu difícil acesso.
Dessa maneira, o estudo foi realizado com amostras de solo a 2,5 km de altitude. Com essas amostras, foi possível observar diversos fungos e bactérias de diferentes lugares do mundo.
Nesse sentido, os pesquisadores criaram culturas de microrganismos e sequenciaram os genes para conseguir identificar as espécies que estão presas na montanha devido à sua baixa temperatura.
Quais foram as espécies de microrganismos encontradas?
Saiba que não é necessário se preocupar com os microrganismos preservados no Everest, pois a maior parte é inofensiva. As bactérias mais encontradas foram estafilococos e estreptococos, responsáveis por doenças como faringite, pneumonia, intoxicações alimentares e infecções na pele, que podem ser tratadas.
No entanto, por mais que esses organismos se multipliquem nos períodos de temperaturas mais altas, é importante salientar que essas bactérias geralmente não resistem a baixas temperaturas.
No artigo, publicado no Arctic, Antarctic, and Alpine Research, os pesquisadores afirmaram que os microrganismos não causam nenhum impacto ao ecossistema do Everest.
Todavia, os pesquisadores deixam claro que é necessário ter muito cuidado em relação à pesquisa em outros planetas. De acordo com os cientistas, nós “devemos ficar atentos para garantir que formas de vida possivelmente encontradas em Marte não tenham sido levadas por nós mesmos”.