Mercado Livre processa Apple por práticas anticompetitivas

A gigante americana Apple deve enfrentar as acusações do Mercado Livre sobre tentar monopolizar o mercado.

No último dia 5 de dezembro, o Mercado Livre do Brasil e do México iniciou um processo contra a gigante americana Apple. A princípio, a acusação é que ela tenta monopolizar o mercado, o que se qualificaria como prática anticompetitiva.

Com isso, o objetivo do processo é obrigar a americana a revogar algumas práticas em relação a pagamentos e serviços.

Apple anticompetitiva?

Segundo o Mercado Livre, as restrições aplicadas pela Apple “têm sérios efeitos anticompetitivos”, pois impede que outras empresas ofereçam os seus serviços.

De acordo com o diretor-sênior de antitruste do Mercado Livre, Paolo Fraco Benedetti:

“Nós somos um marketplace de produtos físicos. Se você quer comprar um telefone, você vai ao Mercado Livre e compra… Temos milhões de usuários e estamos a um passo de, por exemplo, ser um marketplace também de produtos digitais.”

Ainda segundo Benedetti:

“[A Apple] tem um monopólio muito forte na distribuição de conteúdo digital e que opera para que ninguém a desafie.”

Ainda segundo o diretor, o problema na restrição imposta pela Apple é que tal atitude impede o Mercado Livre de comercializar produtos e serviços digitais de concorrentes da empresa americana.

Para citar uma situação, os anúncios do Mercado Livre referentes à campanha de nível 6, que oferecem acesso aos serviços de streaming Star+ e Disney+, foram proibidos. 

Além disso, há a reclamação de que a Apple estaria impondo aos programadores a disponibilização de seus produtos usando apenas a forma de pagamento da empresa do Vale do Silício.

Com isso, os custos para companhias como o Mercado Pago, fintech dirigida pelo Mercado Livre, aumentaria.

Processos similares

Além da Apple, o Google está sendo processado em diversos países por causa dos processadores de pagamento e das taxas aplicadas.

A Apple já enfrentou diversos processos. Alguns deles foram as ações protocoladas na China, por não incluir o carregador na venda do iPhone, por práticas abusivas no Brasil e por conta da coleta de dados na Apple Store.

Segundo o MercadoLivre, houve a tentativa de uma resolução amigável, porém, sem sucesso. 

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