Mentiras nunca mais: nova IA pretende descobrir falsas declarações
IA que detecta mentiras com alto índice de precisão é desenvolvida nos EUA, e o objetivo é acabar com as famosas fake news.
Imagine uma inteligência artificial (IA) tão avançada que pode desvendar mentiras com uma precisão notável de 84%.
Desenvolvida em colaboração de quatro prestigiadas instituições educacionais nos EUA, tal tecnologia revolucionária pode esclarecer nossa compreensão em interações humanas.
IA detectora de mentiras
IA promete detectar mentiras com eficiência – Imagem: Rádio Pampa/Reprodução
A IA inovadora é o resultado de esforços conjuntos da Faculdade Estadual de Negócios e Economia de Boise, Universidade do Texas, Universidade Estadual do Arizona e Universidade de Nevada.
Seu propósito inicial foi intrigante: detectar mentiras proferidas por CEOs que tinham o objetivo de influenciar decisões de investimento. No entanto, as aplicações potenciais ficaram cada vez mais vastas.
Como funciona essa maravilha tecnológica?
Ela foi alimentada com uma grande quantidade de dados, incluindo discursos de CEOs confiáveis e daqueles conhecidos por sua propensão a mentir.
Usando algoritmos avançados, a IA identifica nuances sutis na linguagem que indicam engano intencional, embora atualmente só consiga revelar mentiras de grande escala, deixando escapar as menores.
As implicações dessa tecnologia
Imagine um mundo onde notícias falsas e deepfakes são identificados e neutralizados antes mesmo de se espalharem.
Ou no qual as autoridades possam contar com uma ferramenta confiável para auxiliar nas investigações criminais. Além disso, a avaliação do grau de confiança de CEOs e políticos pode aumentar.
Detectar fake news é a principal utilidade dessa IA – Imagem: Kaspersky/Reprodução
Contudo, como acontece com qualquer avanço tecnológico, existem considerações éticas e sociais a serem feitas.
Por um lado, a capacidade de expor mentiras pode contribuir significativamente para a transparência e justiça na sociedade.
Já por outro, há o risco de que formas benignas de desinformação sejam comprometidas, afetando as interações sociais e atingindo principalmente a privacidade das pessoas.
Há grandes planos para expandir a capacidade dessa IA, incluindo a análise de expressões faciais e corporais para criar perfis psicológicos.
Sua integração com outros sistemas também poderia fortalecer mais a luta contra a desinformação em todos os níveis.
No entanto, enquanto nos maravilhamos com o potencial de tal tecnologia, é crucial que também dediquemos tempo para debater seus impactos éticos e sociais.
Afinal, em um mundo onde a verdade pode ser decifrada por algoritmos, é fundamental garantir que valores fundamentais da sociedade não sejam comprometidos.