Videogames nos deixam mais inteligentes? Veja o que esse estudo diz

Um estudo revelou dados impressionantes sobre a relação entre videogames e o QI humano. Confira o que dizem os pesquisadores.

Não é nenhuma novidade que o uso de videogames por crianças tem entrado em debate. Muitos acreditam que essa não é uma boa opção para passar esse período da infância, enquanto outros permanecem com a ideia de que não há nada com que se preocupar quando o aparelho é usado na medida certa.

Mas, desta vez, o assunto não foi levantado por pais ou responsáveis, e, sim, pelo Instituto Karolinska, da Suécia, em parceria com a Universidade de Amsterdam, da Holanda.

Na visão das instituições, as crianças que passam, em média, uma hora jogando videogame podem receber, aproximadamente, 2,5 pontos de QI. O estudo relacionado à descoberta foi divulgado pela revista Scientific Reports.

O estudo desenvolvido pelas universidades levou em conta as respostas de mais de 5 mil crianças, as quais possuíam uma faixa etária de 9 a 12 anos.

Elas foram submetidas a perguntas sobre quanto tempo passavam jogando videogame por dia, mas esse não foi o único assunto a ser considerado pelos especialistas.

Os pesquisadores ponderaram sobre diversos outros temas, como os efeitos da televisão e vídeos online. Mas, de forma surpreendente, não houve nenhuma evolução no QI das crianças, o valor apenas ficou estagnado.

Preocupações

Embora pareça a melhor ideia de o mundo usar games para elevar o nível de QI das crianças dentro dessa faixa etária, outros profissionais foram levados a se preocuparem com a descoberta, e um deles foi um neurocientista, chamado de Dr. Fabiano de Abreu Angrela, PhD neurocientista.

Veja o que o PhD comentou a respeito da descoberta:

“Estudos como esse precisam ser melhor explicados, pois pode enfatizar demais algumas coisas, podendo provocar um aumento de usuários. Primeiro tem que ser considerado que esse aumento de QI não é tão significante já que há o precursor genético como determinante e nem todos têm um igual aumento”, alertou.

Após afirmar tais pontos, ele ainda complementou que, caso as crianças decidissem jogar videogame, seria preciso acessar conteúdos que condizem com a idade da criança.

“Temos jogos que estimulam a violência, uns que encorajam até mesmo assassinos em série, também há o ciclo da dopamina para o vício e aumento da ansiedade”, afirmou o neurocentista.

“No equilíbrio, eu mesmo indico jogos para as crianças, inclusive, apoio que possamos apresentar tablets aos filhos com alguns limites, remover notificações, YouTube, redes sociais e deixar jogos que promovam a neuroplasticidade para a lógica principalmente”, completou.

O neurocientista ainda alegou que o teste de QI não pode afirmar como se encontra os níveis de inteligência ao redor do mundo.

“Já presenciei pessoas de alto QI praticando cyberbylling e perseguição através de contas fakes, o que não é uma atitude inteligente, e envolver treinamentos que possam promover transtornos futuros, causam declínio na inteligência”, salientou.

Em suma, o médico defendeu que não estava criticando a descoberta feita pelos profissionais, mas apenas alertando que deveriam estar atentos para o poder de influência que tais informações podem gerar na vida de milhares de pessoas, com o risco de, talvez, um grande número de pessoas a se viciar em jogos eletrônicos.

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