MAIOR galáxia de todos os tempos é descoberta!
Entre tantos mistérios que permeiam o mundo e o Universo, as radiogaláxias gigantes são mais um enigma no meio dessas questões.
No início de 2022, astrônomos acharam uma galáxia enorme há cerca de 3 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Alcioneu é uma radiogaláxia que chega a 5 megaparsecs (1 parsec corresponde a 3.260.000 anos-luz) no espaço.
Ela conta, ainda, com 16,3 milhões de anos-luz de comprimento, constituindo a maior estrutura conhecida de origem galáctica.
Entre tantos mistérios que permeiam o mundo e o universo, as radiogaláxias gigantes são mais um no meio disso tudo.
Elas se compõem em uma galáxia hospedeira (que é o aglomerado de estrelas orbitando um núcleo galáctico contendo um buraco negro supermassivo), bem como jatos colossais e lóbulos que irrompem do centro galáctico.
Contextualizando a situação
Um buraco negro supermassivo ativo no centro galáctico geralmente é o que produz os jatos. Mais precisamente um buraco negro como “ativo” quando está devorando (ou “agregando”) massa de um disco gigante de material ao seu redor.
Contudo, algo que realmente não se sabe é por qual motivo, em algumas galáxias, elas crescem para tamanhos absolutamente gigantescos, em escalas de megaparsec, chamadas de radiogaláxias gigantes.
Os pesquisadores liderados pelo astrônomo Martijn Oei, do Observatório de Leiden, na Holanda, explicaram, em seu paper publicado em abril deste ano, o seguinte:
“Se existem características de galáxias hospedeiras que são uma causa importante para o crescimento de radiogaláxias gigantes, então as hospedeiras das maiores radiogaláxias gigantes provavelmente as possuem.”
“Da mesma forma, se existem ambientes particulares de grande escala que são altamente propícios ao crescimento de radiogaláxias gigantes, então as maiores radiogaláxias gigantes provavelmente residirão neles.”
Em busca dos valores
Os pesquisadores buscaram esses valores atípicos nos dados coletados pelo Low-Frequency Array (LOFAR) na Europa, uma rede interferométrica composta por cerca de 20 mil antenas de rádio distribuídas em 52 locais em toda a Europa.
E então eles refizeram os dados por meio de uma nova segmentação, retirando fontes de rádio compactas que poderiam atrapalhar e mudar as detecções de lóbulos de rádio difusos, corrigindo a distorção óptica.
As imagens resultantes, segundo a equipe, representam a pesquisa mais sensível já realizada para os lóbulos da radiogaláxia.
Em seguida, eles usaram a melhor ferramenta de reconhecimento de padrões disponível e que, segundo os cientistas, foram seus olhos para localizar seu alvo.
Foi assim que eles encontraram Alcioneu se destacando de uma galáxia a alguns bilhões de anos-luz de distância.
“Além da geometria, Alcioneu e sua hospedeira são suspeitamente comuns: a densidade total de luminosidade de baixa frequência, a massa estelar e a massa do buraco negro supermassivo são todas menores, embora semelhantes, do que as das radiogaláxias gigantes mediais”, escreveram os pesquisadores.
“Assim, galáxias muito massivas ou buracos negros centrais não são necessários para o crescimento das gigantes, e se o estado observado for representativo da fonte ao longo de sua vida, nem a alta potência de rádio.”
O que quer que esteja por trás disso tudo, os pesquisadores acreditam que Alcioneu esteja crescendo ainda mais e distante na escuridão cósmica.