Já imaginou um curta filmado apenas com um Smartphone? Confira

Ainda que a expectativa criada em torno dos próximos projetos de Park Chan-wook, que serão Decision to Leave e The Sympathizer, seja bem grande, o cineasta e também diretor acabou de lançar um novo projeto que busca agradar os fãs, enquanto suas ideias principais não saem.

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O singular diretor sul-coreano lançou Life Is But A dream, que se trata de um curta-metragem filmado exclusivamente com um iPhone 13 Pro. O lançamento desse projeto se deu com uma parceria com a Apple.

Nos últimos tempos, o cinema sul-coreano conseguiu alcançar o patamar mais alto do entretenimento com os enredos mais convincentes, personagens enigmáticos e também as suas narrativas ousadas.

E, nesses últimos meses, virou um acontecimento natural nos depararmos com cineastas sul-coreanos comandando e nos holofotes de uma tendência emergente.

Life is But a Dream irá se juntar com Tangerine, Unsane, Searching For SuperMan e outros longas-metragens de origem sul-coreana, sendo pilares de uma nova forma e democratizada do cinema atual, que produz projetos inteiros com filmagens feitas através de smartphones. Como uma curiosidade, este longa não é o primeiro do cineasta Park Chan-wook que teve sua filmagem com um iPhone; ele já tinha realizado este feito na criação de seu curta-metragem premiado, Night Fishing. O diretor também credita o filme por motivá-lo a fazer outros curtas.

Os detalhes da desenrolar do filme mostram que Life is But A Dream é uma aventura sobre um sobrenatural muito singular, que acaba abraçando diversos gêneros, e se recusa a se limitar como obra, de acordo com IndieWire.
A trama mostra a vida de um agente funerário, que desperta um fantasma, quando tenta furtar um caixão da funerária. O fantasma já desperto, acaba formando uma amizade com outro fantasma, o fantasma do guerreiro, o mesmo que o agente funerário estava tentando enterrar.

O curta-metragem conta com um elenco que impressiona até os diretores de Hollywood, pois conta com Yoo Hai-jin, que dá vida ao personagem do agente funerário e também Park Jeong-min e Kim Ok-vin, que interpretam os fantasmas, o despertado e o guerreiro, respectivamente.

O filme é multi-gênero, visto que conta com partes iguais de um musical, artes marciais e romance, acaba usando uma narrativa musical bem tradicional sul-coreana que é conhecida como Pansori, e também um formato tradicional de jogo ao ar livre coreano, chamado Madanggeuk, para contar a história.

Tratando do processo de fazer Life is But a Dream, Park que é reconhecido no mundo do cinema por ser o diretor de Oldboy, fez a revelação, em uma entrevista coletiva, que gosta da flexibilidade, acessibilidade e liberdade que os realização de curtas-metragens proporcionam.

“É não é fácil mergulhar mais fundo em experimentos de gênero em um longa-metragem porque custa muito dinheiro e há muita pressão. Ao fazer curtas-metragens, tenho liberdade criativa”.

O diretor fez uma reunião com o diretor de fotografia Kim Woo-hung com quem trabalhou no curta The Little Drummer Girl buscando trazer Life is but a Dream. Eles utilizaram para o filme o iPhone 13 Pro no modo cinematográfico vídeo macro, modo noturno, estabilização óptica de imagem e câmera ultra larga para que fosse criado um visual que impressionasse e fosse esteticamente atraente. “Conseguimos criar cenas e ambientes cinematográficos exatamente como os filmes quando eles usam equipamentos de câmera tradicionais”, disse o diretor de fotografia.

Park ainda tem dois projetos que estão altamente antecipados em andamento, que é Decision To Leave, que trata da vida de um detetive que se apaixona por uma misteriosa viúva e que coincidentemente é a principal suspeita em sua investigação em andamento. E também, The Sympathizer, a próxima série da HBO que usou Robert Downey Jr como membro do elenco e produtor executivo.

Enquanto essas obras não saem, assistam ao novo projeto do diretor abaixo: