Implosão catastrófica do submarino Titan é explicada pela Física; confira

Implosão catastrófica do submarino Titan levanta questões sobre materiais utilizados e segurança em expedições submarinas. Saiba como ocorreu.

No trágico incidente recente, o submarino Titan, que pertence à empresa OceanGate, sofreu uma implosão catastrófica, resultando na morte das cinco pessoas a bordo.

O submarino estava prestes a realizar uma expedição para visitar os destroços do Titanic quando ocorreu o evento fatal. Esse acontecimento levantou sérias indagações sobre as causas dessa tragédia.

A implosão é um fenômeno que ocorre quando a pressão interna de um submarino excede a resistência do casco, liberando uma quantidade avassaladora de energia e resultando em morte instantânea para os ocupantes.

Como ocorreu a implosão?

Foto: OceanGate; Twitter/Reprodução

A resistência do casco dos submarinos às condições extremas do oceano depende do seu design e dos materiais utilizados em sua construção.

Normalmente, materiais convencionais como aço, titânio e alumínio têm demonstrado eficácia em suportar altas pressões submarinas. No entanto, o casco do submarino Titan adotou uma abordagem experimental, fazendo uso predominante de fibras de carbono.

Embora essas fibras sejam conhecidas por sua leveza e capacidade de oferecer mais espaço interno, sua adequação para uso em ambientes marinhos ainda é uma incógnita.

Ao contrário do titânio, que é elástico e se adapta bem às mudanças de pressão, a fibra de carbono é rígida e inflexível, não sendo adequada para suportar a elasticidade em mergulhos profundos.

Portanto, a combinação desses materiais com propriedades diferentes pode comprometer a integridade do casco, resultando em implosões como a que ocorreu com o Titan, que enfrentava uma pressão de 400 kg por centímetro quadrado.

A implosão ocorre quando as camadas de reforço da fibra de carbono se separam, em um fenômeno conhecido como “deslaminagem”, devido à intensa pressão submarina. Em mergulhos profundos, a pressão é avassaladora e atinge o submarino rapidamente, levando à implosão em menos de um segundo.

Diante desse trágico acontecimento, fica evidente a necessidade de realizar testes rigorosos e selecionar cuidadosamente os materiais utilizados na construção de submarinos.

O uso de materiais não comprovados, como as fibras de carbono, no caso do Titan, deve ser abordado com cautela e submetido a um exame mais aprofundado. A exploração do mar profundo exige uma abordagem que priorize a segurança diante das extremas pressões oceânicas.

você pode gostar também