iFood passa por instabilidade após demissão de funcionários

É inegável a crise econômica pela qual passa o mundo. Ao redor do globo, vemos diversos países enfrentando graves consequências econômicas, a maioria em decorrência da pandemia de covid-19.

Por conta das medidas de proteção sanitária, necessárias para o controle do coronavírus, as pessoas passaram muito tempo em casa, consumindo produtos da internet e, logicamente, comprando.

Mas como o fato de as pessoas comprarem e consumirem mais pode afetar a economia? Fazendo um resumo, não há problema algum durante aquele período, o maior problema vem depois.

Com as pessoas em casa, fazendo compras ou acessando muitos sites, o que também gera renda por meio de anúncios, as bigtechs lucraram mais. Bigtech é o termo utilizado para definir as grandes empresas voltadas para o ramo tecnológico, como Apple, Meta, Google etc.

A partir do momento que as medidas de proteção foram se extinguindo, as pessoas começaram a retornar aos seus antigos hábitos. Com elas voltando aos trabalhos presencialmente, e não mais em casa, muitos também deixaram de depender tanto da internet para comprar e realizar outros serviços.

Obviamente, a queda nos acessos e nas compras também levou a uma queda na renda e no valor de mercado das bigtechs. Em razão disso, nas últimas semanas, os noticiários se encheram de matérias falando sobre as demissões em massa que passaram a ocorrer.

Alphabet, dona do Google, anunciou a demissão de doze mil funcionários. Já a Microsoft disse ter demitido dez mil funcionários, e outras empresas, como Amazon e Meta, também comentaram que farão o mesmo.

Mas como isso afeta o Brasil?

Se você foi uma das pessoas que tentaram pedir comida no iFood na última sexta-feira (3), então você sabe a resposta. O iFood foi a primeira empresa no Brasil que apresentou em seu serviço a influência das demissões em massa.

Como em outras regiões do mundo, no Brasil, a renda do iFood também subiu durante a pandemia, mas, com o fim dela, a queda nas vendas já era esperada.

De acordo com o iFood, os motivos para a baixa são: queda de investimento em startups, período de baixa na economia, cenário global e recuperação da pandemia. Em razão desses motivos, na quarta-feira (1º), a empresa anunciou a demissão de 355 funcionários, que representam 6,4% do quadro.

Por conta de boa parte ser responsável pela área de TI da empresa, dois dias depois, na sexta-feira, houve inúmeras reclamações devido às instabilidades no aplicativo.

Apesar de cerca de uma hora depois do início das reclamações o problema ter sido resolvido, ainda assim alguns brasileiros puderam perceber vividamente a crise nas empresas de tecnologia.