IBGE revela número SURREAL de trabalhadores por apps no Brasil

A evolução do trabalho digital no Brasil demonstra número significativo de pessoas trabalhando em plataformas como Uber e iFood até 2022.

A revolução digital desencadeou uma nova era de desempregos crescentes, criando instabilidade profissional para milhões de pessoas no Brasil. Como resultado destes problemas, as pessoas se viram obrigadas a optar por um trabalho autônomo digital.

Até o final de 2022, o país viu 2,1 milhões de seus cidadãos ingressarem em plataformas digitais como Uber, Rappi, iFood, Shopee e Mercado Livre, de acordo com as estatísticas do IBGE.

Número de trabalhadores por aplicativo impressiona

Imagem: Sengchoy Inthachack/Sengchoy Int/Reprodução

Esta mudança na dinâmica do emprego reflete a adaptabilidade do mercado de trabalho brasileiro às tendências tecnológicas emergentes e ao crescimento dos trabalhos informais no país para suprir a demanda causada pelo desemprego.

O domínio digital abriu portas, especialmente para os homens, que constituem 81,3% dessa força de trabalho digital. A educação desempenha um papel vital na preparação desses trabalhadores para o mundo digital, sendo que a maioria possui educação de nível médio ou superior incompleto.

A idade média desses trabalhadores digitais gira em torno de 25 a 29 anos, mostrando uma predominância de jovens atraídos por essa forma flexível de emprego.

Ao analisarmos o desmembramento setorial, destacam-se os aplicativos de transporte como Uber e 99, que empregam 47,2% desses trabalhadores digitais.

Os aplicativos de entrega de alimentos, como iFood e Rappi, seguem de perto com uma participação de 39,5%. Regionalmente, o Sudeste lidera, enquanto o Norte mostra uma inclinação para o transporte por aplicativo.

Muito trabalho para pouco salário

Os trabalhadores de aplicativos enfrentam jornadas de trabalho prolongadas, com uma média de 46 horas semanais, superando as 39,6 horas do setor privado. Além disso, apenas 35,7% desses trabalhadores contribuem para a previdência, uma cifra baixa quando comparada aos 60,8% do setor privado.

A informalidade é outro aspecto destacado, com 77,1% operando por conta própria, e apenas 5,9% em emprego formal. Este cenário, reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho, lança luz sobre os desafios enfrentados por esses trabalhadores na busca por segurança no emprego no ambiente digital.

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