Ibama adota novas medidas em territórios Yanomami; explosões contra garimpeiros impressionam
Veja as fotos da operação contra materiais ilegais utilizados pelos garimpeiros.
Novas medidas estão sendo tomadas pelo Ibama em relação aos garimpeiros que ocupam as terras Yanomami. A situação tem causado muita discussão entre especialistas e até mesmo internautas.
O avanço dos garimpeiros cresceu muito nos últimos anos, o que resultou em uma crise humanitária nas terras indígenas. A Polícia Federal já vem investigando casos de genocídio contra o povo Yanomami há algum tempo.
Operações do Ibama nos territórios Yanomami
As operações em andamento visam destruir equipamentos utilizados pelos garimpeiros e investigar o comércio irregular de combustível para os criminosos.
O objetivo atual é inviabilizar os suprimentos, rotas e maquinários dos garimpeiros. As equipes de fiscalização estão procurando se estabelecer no local, e tudo está sendo devidamente acompanhado.
Um antropólogo da UNESP, Paulo Santilli, criticou as gestões anteriores em relação ao assunto. Ele afirma que as Forças Armadas apoiavam os garimpeiros em seu genocídio, como uma maneira de aumentar a ocupação do Norte do país.
“Essas retiradas de garimpeiros já ocorreram sucessivas vezes no passado. Mas toda a estrutura que deveria mantê-los longe foi desmantelada”, disse.
Recentes tomadas de decisões
Atualmente, acredita-se que existam de 15 a 40 mil garimpeiros ilegais no local. Os seguintes órgãos estão envolvidos nas operações: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Força Nacional de Segurança Pública.
As recentes ações consistiram na destruição dos materiais ilegais. Um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico foram explodidas. Também ocorreu a apreensão de duas armas e três barcos com mais de 5 mil litros de combustível ilegal.
O objetivo dessa destruição é causar impacto financeiro aos garimpeiros e promover a sua recuada. Por mais que as fotos sejam impressionantes, os especialistas que estão discutindo o assunto ainda tem esperanças.
“A atual ação pode dar novos rumos ao cenário. Se houver uma atuação dos índios em parceria com órgãos de controle, associações indigenistas, pesquisadores e a presença do Estado por meio das Forças Armadas e PF, eu acredito que os povos e suas terras possam ser respeitados”, concluiu Santilli.