IA revolucionária 'dá vida' a fotos de qualquer pessoa, mas gera preocupação

Sistema emula movimentos a partir de imagens estáticas e consegue gerar combinações diversas, incluindo até mesmo 'dancinhas' do TikTok.

Nos últimos dias, viralizaram na internet os resultados obtidos por um sistema de inteligência artificial capaz de animar e dar vida a imagens estáticas.

Isso significa que qualquer foto sua pode se tornar uma animação ou reproduzir movimentos diversos, como as danças do TikTok.

O software revolucionário chama-se ‘Animate Anyone’ e foi criado pelo Alibaba Group, a mesma companhia que detém o site AliExpress. Por mais impressionante que seja a capacidade do sistema, as animações de fotografias são motivo de muita preocupação.

Esse é mais um passo dado pelos sistemas de IA, que pode favorecer a criação e disseminação de informações falsas para fins políticos ou difamatórios.

O debate ético, nesse sentido, precisa ser feito diante de uma revolução tão grandiosa. Afinal, quem garante que o uso será pautado na idoneidade?

Diante de todas essas questões, vale frisar que o ‘Animate Anyone’ ainda não está aberto para uso geral. Apesar disso, ele já foi liberado no GitHub como uma ferramenta open-source, ou seja, já pode ser utilizado por outros desenvolvedores.

Criação de movimentos com uma imagem estática do craque Messi – Foto: Animate Anyone/Reprodução

O potencial da ferramenta consiste, basicamente, em manipular imagens com inteligência artificial para que seja possível criar movimentos a partir de sequências de posições. Trata-se de um tipo de animação que poderia auxiliar bastante na produção de vídeos em geral.

As imagens divulgadas pelo ‘Animate Anyone’ viralizaram no Twitter. Enquanto os resultados impressionaram os internautas, emergiu também o temor quanto ao possível uso dessa tecnologia na criação de deepfakes, incluindo vídeos pornográficos.

Esse tópico deve ser considerado no Brasil, até mesmo porque a produção de deepfake ainda não é considerada crime na legislação nacional, uma vez que depende do contexto ou da finalidade.

Se a prática for utilizada para fins difamatórios e de desinformação, o que só tem aumentado no país, a tipificação é possível em virtude do objetivo criminoso da ação.

Ficou curioso para ver como o sistema funciona de verdade? Confira o vídeo abaixo:

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