IA prevê morte com 78% de precisão nos próximos 4 anos

Modelo foi treinado para analisar 'sequências de vida' e examinar eventos que ocorreram ao longo da trajetória de uma pessoa.

A fronteira entre ciência e ficção parece estar se dissipando à medida que avançamos no campo da inteligência artificial (IA).

Um recente estudo conduzido pela University of Copenhagen, em parceria com a Northeastern University, dos Estados Unidos, levanta a intrigante possibilidade de uma IA ser capaz de antecipar eventos futuros na vida das pessoas, incluindo o momento da morte.

Inteligência artificial e previsão de vida

Os pesquisadores empregaram ‘modelos transformadores’, notáveis por sua habilidade de entender padrões em sequências de dados, semelhantes ao modo como uma frase é composta por palavras.

O exemplo proeminente desse conceito é o ‘Life2vec’, uma IA treinada com informações relacionadas à saúde e ao mercado de trabalho.

Surpreendentemente, o modelo conseguiu prever com 78% de precisão a probabilidade de uma pessoa falecer nos próximos quatro anos.

Sune Lehmann, professor da University of Copenhagen e líder do estudo, compartilhou sua visão entusiasmada sobre o projeto.

Ele destaca que considerar a vida humana como uma sequência de eventos é semelhante à análise de uma frase em um idioma.

Os Life2vecs e outros modelos similares foram treinados para analisar essas ‘sequências de vida’, examinando eventos que ocorreram ao longo da trajetória de uma pessoa.

A IA faz previsões de morte com 78% de precisão – Imagem: Canva/Reprodução

Após o treinamento, a IA foi testada e revelou a capacidade de prever não apenas a morte de um indivíduo, mas também aspectos como personalidade.

Os dados coletados são codificados em vetores, permitindo que a IA posicione informações sobre educação, moradia, saúde, hora de nascimento e escolaridade.

As respostas da IA são geradas em resposta a perguntas gerais, como ‘morte dentro de quatro anos?’.

É importante notar que os resultados coincidem com as descobertas das Ciências Sociais, indicando, por exemplo, que líderes têm maiores chances de sobreviver em situações de igualdade de circunstâncias.

Lehmann enfatiza que o fascínio científico não reside apenas na capacidade de previsão, mas nos detalhes dos dados que possibilitam respostas tão precisas.

Quanto ao futuro do projeto, os pesquisadores planejam expandir sua abordagem, incorporando outros formatos de dados, como imagens e textos.

A visão é promover uma colaboração entre a área da saúde e as ciências sociais, integrando diferentes perspectivas para uma compreensão mais abrangente e precisa.

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