Hora de enfrentar o ‘boss’: UE deixará regras para games mais rígidas

As regras ainda não entraram em vigor. Saiba mais!

A União Europeia pretende dificultar um pouco as coisas para o universo dos games, isso porque ela enrijecer as regras para todos os países do bloco. O objetivo principal de toda essa mudança será fornecer um ambiente mais seguro para os envolvidos, principalmente às crianças e aos jovens.

As medidas sugeridas passaram por um processo de votação no Parlamento, e foram aprovadas no último dia 18 de janeiro. As pautas faziam referência a assuntos como designs que contribuíam para aumentar ainda mais o vício dos envolvidos, monetização, dentre outros. No que se refere à aprovação das medidas, elas tiveram 577 votos a favor e 56 contra, sem mencionar as 15 abstenções.

Quem desenvolveu o projeto foi a deputada espanhola Adriana Maldonado López. De acordo com o que ela escreveu no documento, a melhor opção seria adaptar o exemplo dado pelo Pan European Game Information (PEGI), que diz respeito ao sistema que a Europa adotou envolvendo a classificação etária de jogos, um tipo de versão local do ESRB norte-americano.

Além disso, todos acreditam que os países-membros da União Europeia devem acatar às mudanças, a fim de modificar o cenário global.

O que havia no relatório?

A seguir, você confere alguns pontos que estavam dentre as medidas que constavam no relatório.

O primeiro ponto é referente ao cyberbullying, ao assédio e à divulgação de dados dos usuários. A solicitação mínima é que haja um rigor maior sobre tais assuntos e que se estipule um padrão mínimo.

O documento ainda acrescenta que deverá ser feito um levantamento sobre quanto tempo os europeus estão gastando em jogos e quanto estão investindo. Isso a fim de descobrir se há alguma consequência sociopsicológica nos indivíduos.

Outro ponto é sobre o vício que muitos designs acabam gerando nos jogadores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), vício em jogos é um distúrbio. Devido a isso, as desenvolvedoras terão que produzir designs que não estimulem os indivíduos a passar muito tempo jogando.

A regra vai de encontro com o que foi adaptado em outras produções, as quais estimulavam o jogador a ir ainda mais fundo, até que conseguisse alcançar seu objetivo final.

Também é de interesse do Parlamento que haja uma fiscalização sobre quais são os efeitos causados em crianças menores, público-alvo de algumas empresas, e como estão sendo afetadas.

Dinheiro

No que se refere ao dinheiro investido pelos jogadores no mundo dos games, a União Europeia decidiu tomar medidas mais drásticas, uma vez que será necessário que as empresas incentivem seus jogadores a gastar dinheiro vivo ao invés de optarem por investir em moedas virtuais ou qualquer coisa do tipo.

Além disso, houve grande preocupação, nesse ponto, com os menores de idade e o abuso sofrido em relação às companhias, que acabam apelando fortemente.

O investimento em empresas desenvolvedoras independentes e que estão começando há pouco, ao invés de preferir apenas os grandes nomes da indústria, também serviu de pauta durante a votação.

O outro lado da moeda

Contudo, embora as medidas possam parecer atrativas, as empresas temem que isso acabe dificultando ainda mais o investimento no desenvolvimento de novos jogos.

Em nota, o site GamesIndustry.biz, junto com as Federações de Software, compartilhou um texto. Nele, é possível ler o seguinte trecho:

“As leis europeias de proteção ao consumidor são extensas e flexíveis, no que tange cobrir e sancionar práticas consideradas enganosas, injustas ou agressivas (…). Conforme reconhecido por vários estudos, o problema reside na aplicação insuficiente, o que prejudica a eficácia do quadro jurídico.

Nossa indústria está comprometida com uma experiência de consumo de games justa e transparente. Os jogadores europeus têm mais opções de jogos incríveis do que nunca, graças à maior variedade de modelos de negócios que a indústria desenvolveu.

Os reguladores devem proteger o direito de acesso a esses produtos culturais, mantendo o alto nível europeu de proteção ao consumidor.”

As regras ainda não entraram em vigor, isso porque levará alguns dias para implementação.

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