‘Hobbits’ humanos existiram, mas foram extintos por problema que já conhecemos

Estudo revela que mudanças climáticas, e não Homo sapiens, levaram à extinção dos Homo floresiensis.

Uma nova pesquisa lança luz sobre a extinção dos “hobbits” humanos, oficialmente conhecidos como Homo floresiensis. Ao contrário de teorias anteriores, o estudo indica que eventos climáticos extremos foram os responsáveis pelo desaparecimento dessas criaturas, há cerca de 50 mil anos atrás, na Indonésia.

Descobertos inicialmente em uma caverna na Ilha de Flores, os fósseis dos Homo floresiensis despertaram interesse mundial.

Antes, os cientistas acreditavam que esses pequenos hominídeos, com cerca de um metro de altura, teriam sido extintos pelo Homo sapiens e pelas erupções vulcânicas. No entanto, uma nova pesquisa desfez essa ideia.

Realizada por cientistas australianos, indonésios e irlandeses, a investigação aponta para uma seca severa como a principal causa da extinção dos “hobbits”, assim desmistifica a participação humana direta no evento.

Hominídeos pequenos viviam na região onde hoje é a Indonésia – Imagem: reprodução/X (antigo Twitter)

Adaptação e sobrevivência na Ilha de Flores

Por 650 mil anos, os Homo floresiensis caçaram stegodons, elefantes de porte reduzido. Essa interação permitiu que os “hobbits” sobrevivessem em Flores, mas não os protegeu das mudanças climáticas severas que viriam a ocorrer e, possivelmente, a extingui-los.

Em uma janela entre 76 e 55 mil anos atrás, as chuvas na região tiveram uma queda de 38%. Com a diminuição de até 51% nos níveis de chuva, habitats e fontes de alimento se tornaram escassos, o que forçou a migração dos stegodons, além de gerar uma seca com índices mais severos há 56 mil anos.

O Homo sapiens e os ‘hobbits’ se encontraram?

Embora os humanos modernos tenham chegado à região cerca de 40 mil anos após a extinção dos Homo floresiensis, o novo estudo não descarta um possível contato. No entanto, a investigação reforça que as mudanças climáticas são a explicação mais plausível para o desaparecimento desses pequenos hominídeos.

Publicado em 14 de dezembro, o estudo ainda espera revisão acadêmica e trouxe uma nova perspectiva sobre a extinção dos “hobbits”, destacando o impacto das alterações climáticas na biodiversidade ao longo do tempo.

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