Guerra entre Ucrânia e Rússia também ocorre de forma cibernética; entenda
Segundo relatório da empresa de segurança cibernética Mandiant, ataques contra a Ucrânia aumentaram cerca de 250% desde 2022.
A guerra que ocorre na Ásia, travada entre Ucrânia e Rússia, começou após um confronto armado a partir da invasão russa ao território ucraniano. Neste mês, completa-se um ano do início da guerra entre os países vizinhos.
Contudo, o conflito entre Ucrânia e Rússia data de anos antes, sendo a anexação da região ucraniana da Crimeia o início dos desentendimentos entre os países.
E ao que aparenta, não se trata apenas de um conflito político-militar, mas também de uma guerra cibernética que envolve principalmente a Rússia.
De acordo com o relatório feito pela empresa de segurança cibernética Mandiant, hoje em posse do Google, os ataques cibernéticos aumentaram 300% em todo o mundo desde o início da guerra.
Guerra cibernética entre Ucrânia e Rússia
O relatório que a empresa de segurança disponibilizou apresenta que, somente contra a Ucrânia, os ataques cibernéticos aumentaram 250% desde o início dos conflitos.
Também houve ataques direcionados à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ela se entende como uma aliança militar construída ao fim da Guerra Fria, visando à defesa mútua dos seus países-membros. Inicialmente, a Otan fazia frente à antiga União Soviética, mas agora se apresenta como defesa a qualquer ataque externo.
De acordo com o relatório, os ataques a países-membros da Otan aumentaram cerca de 300% nos últimos meses. Ainda segundo a Mandiant, foram executados por hackers associados ao governo russo.
Além disso, a empresa indica que os ataques se direcionaram a mais de 150 organizações militares da Ucrânia, assim como a outras fontes cibernéticas do país. Portanto, são vistos como uma estratégia militar, bem como uma forma de enfraquecer o país ucraniano, que busca se defender dos ataques físicos e virtuais.
Para medida de comparação, a empresa demonstrou que, somente nos primeiros quatro meses de 2022, houve mais ataques aos sistemas ucranianos do que nos últimos oito anos antes do conflito político-militar.
Ainda segundo o relatório, a empresa investiga os ataques realizados principalmente por duas organizações, sendo elas Frozenlake e Pushcha, de origem bielorrussa.
De acordo com a Mandiant, o primeiro citado realizou ataques contra os membros da Otan. Por sua vez, o segundo fez ataques à Polônia e à Lituânia em período eleitoral.
Considerando as tentativas feitas pelo grupo bielorrusso, pode ser que o conflito se estenda para além dos dois países e da Otan. Isso pode indicar um possível cenário em que mais países se envolverão na disputa.