Greve em Hollywood se aproxima do fim?

Produções seguem paradas enquanto novos lançamentos e projetos futuros são afetados.

As inúmeras conversas entre a indústria do cinema e o Sindicato dos Artistas Estadunidenses (SAG-AFTRA) continuam.

Segundo informações do Deadline, os emissários de ambas as partes manterão o compasso das negociações com o intuito de alcançar uma sinfonia harmoniosa que ponha fim à longa pausa dos atores, que já ultrapassa a marca dos cem dias.

Depois de uma nova reunião ocorrida na última semana, tanto as casas de produção quanto os intérpretes parecem estar caminhando lado a lado em direção a uma solução referente ao piso salarial da classe artística.

Enquanto as produtoras apresentaram uma proposta de elevação mínima de 7%, o SAG-AFTRA solicitou 9% – valor inferior aos anteriores 11% requeridos pelo sindicato.

No entanto, outras reivindicações permanecem na pauta de discussões, como o tópico referente à ideia de aplicar o uso de inteligência artificial nas produções e à parcela de ganhos associados ao desempenho das obras nas plataformas de streaming.

De acordo com o The Wrap, as produtoras aspiram a alcançar uma solução em breve. No entanto, se isso não acontecer, a estratégia é adiar a retomada das negociações para o mês de janeiro de 2024. Eita!

Imagem: Reprodução

Mercado sofre com impactos da greve

A greve não apenas interrompe a produção de diversos projetos envolvendo atores afiliados ao SAG, mas veta a participação desses artistas em eventos de promoção de filmes já finalizados.

Até o momento, inúmeras produções, como “Stranger Things“, “Wandinha“, “Cobra Kai” e várias outras estão paralisadas.

Para manter a greve, grandes estreias do ano não puderam ser divulgadas da forma tradicional, com premieres e inúmeros eventos de red carpet e encontro com os fãs.

Um exemplo foi “Besouro Azul” que não teve quase nenhum tipo de campanha de marketing.

Algumas produções importantes, como “Euphoria” da HBO Max já tiveram suas datas adiadas. A produção que conta a história da jovem Rue, por exemplo, terá o lançamento de sua terceira temporada apenas em 2025.

O que aprendemos com essa greve?

Enquanto a classe não entra em um consenso, podemos refletir com a paralisação. A greve destaca a interseção entre tecnologia e valor humano, realçando os limites da IA na indústria do entretenimento.

Mostra a importância da valorização da classe dos atores, cujas contribuições muitas vezes são subestimadas. A ascensão do streaming alterou profundamente a indústria, enfatizando sua inegável influência.

Essa interrupção ressalta a necessidade de equilibrar avanços tecnológicos com o reconhecimento do talento artístico.

É um lembrete de que, apesar das inovações, a criatividade e a expressão humanas continuam sendo elementos insubstituíveis na indústria do entretenimento.

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