Grande descoberta: fóssil de árvore pré-histórica é encontrado no Brasil
Descoberta de fóssil de árvore pré-histórica surpreende cientistas da Universidade Federal do Piauí.
Uma descoberta impressionante no sítio paleontológico de Teresina surpreendeu os pesquisadores: um fóssil de árvore, datado de cerca de 280 milhões de anos, foi descoberto em Altos, a apenas 40 km da cidade.
Esse tronco, que pertence à Era Paleozoica, é um dos maiores já identificados na região, pesando duas toneladas.
Fóssil de árvore pré-histórica é encontrado em Teresina
Imagem: Instagram/Reprodução
O achado deixou os cientistas maravilhados, já que, mesmo com monitoramentos regulares, a presença desse fóssil em uma área de mata de cocais tornou sua localização uma tarefa desafiadora.
A árvore fossilizada, inicialmente considerada uma “pedra comum”, atraiu recentemente a atenção dos especialistas, em uma reviravolta notável na quinta-feira (23/11).
Ao examinar o tronco, é possível observar, na seção, sua estrutura circular e os anéis de crescimento característicos de árvores antigas.
O professor Juan Cisneros, especialista em paleontologia da Universidade Federal do Piauí, destaca que a análise da estrutura revela detalhes impressionantes, como vestígios da antiga casca e a direção do crescimento da lenha.
Processo de fossilização
Cisneros ainda explica que diversos fatores são necessários para a preservação de um fóssil desse tipo. Em condições normais, a destruição por fungos e animais destruiria a árvore.
Para que ocorra a fossilização, é crucial que a árvore fique coberta por lama, o que impede sua decomposição. Esse ambiente deve conter sílica, um mineral abundante na Terra.
Ao longo de milhares de anos, a sílica penetra nas células da árvore, melhorando a qualidade da água e promovendo sua petrificação.
Essa incrível descoberta não é um caso isolado. O Parque Floresta Fóssil, em Teresina, abriga mais de 70 troncos petrificados, dando início a um processo de fossilização contínuo e único na região.
Algumas das árvores mais antigas do mundo
Uma delas, a Gran Abuelo, um cipreste-da-patagônia no Chile, é estimada em impressionantes 5.484 anos, embora essa estimativa seja contestada pela comunidade científica.
Nos Estados Unidos, Matusalém, um pinheiro na Califórnia, é reconhecido por seus 4.853 anos de existência.
O Brasil também abriga seu próprio tesouro natural: o Patriarca da Floresta, um jequitibá-rosa. Com 42 metros de altura, localizado em Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, é um exemplo de resistência e longevidade.