Grammy lança nova regra que PROÍBE músicas feitas por IA e sem autoria humana

Novas diretrizes e regras do Grammy Awards impedem músicas feitas por inteligências artificiais de ganhar Grammy.

Inteligência Artificial  (IA) é um dos temas mais debatidos ultimamente. Isso porque ela está dominando até a indústria musical. Recentemente, até mesmo o Paul McCartney anunciou que está utilizando essa ferramenta para recriar a voz de John Lennon e constituir uma música inédita dos The Beatles.

No entanto, esse tipo de estratégia não caiu no gosto da crítica especializada. Desse modo, para o ano de 2024, a Recording Academy atualizou as regras para o Grammy Awards.

De acordo com a Music Business Worldwide, essa atualização estabelece que trabalhos sem autoria humana não sejam elegíveis em nenhuma categoria do prêmio.

Novas regras para concorrer ao Grammy

De acordo com as regras e diretrizes atualizadas do Grammy Awards:

“Apenas criadores humanos podem ser enviados para consideração, indicados ou ganhar um prêmio Grammy.”

A Recording Academy destacou que um trabalho que incorpora elementos de inteligência artificial é elegível nas categorias relevantes, desde que o componente de autoria humana do trabalho enviado seja “significativo”, conforme observado por eles.

Em conformidade com as novas diretrizes, o Prêmio Grammy reconhece a excelência criativa. Portanto, enfatizam que somente criadores humanos são elegíveis para concorrer a um prêmio Grammy.

Recentemente, em uma entrevista concedida ao Grammy.com, o CEO da Recording Academy, Harvey Mason Jr., falou sobre essas alterações.

Nessa entrevista, Harvey apontou a importância de reconhecer a influência da inteligência artificial na indústria da música. O executivo ressaltou a necessidade de se adaptar e estabelecer padrões para abordar o impacto da IA na comunidade artística e na sociedade como um todo.

“A ideia de ser pego de surpresa por isso e não abordá-lo é inaceitável. Não saber exatamente o que isso significará ou fará nos próximos meses e anos me dá uma pausa e algumas preocupações. Mas reconheço absolutamente que fará parte da indústria da música, da comunidade artística e da sociedade em geral”, afirmou Harvey Mason Jr.

Nesse sentido, as atualizações das regras do prêmio Grammy refletem os avanços recentes no uso de inteligência artificial na criação musical e ocorrem em meio a um debate contínuo sobre a ética das faixas geradas por IA.

Inclusive, neste ano, a Recording Academy foi uma das entidades que solicitaram a interrupção do desenvolvimento de inteligências artificiais, em conjunto com Elon Musk e outros gigantes da tecnologia.

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