Você sabia? Sci-Fi influencia estes 4 aspectos de segurança em países
Com as várias previsões acertadas que esse gênero já fez, governantes de países estão dando atenção para elas, buscando antecipar ameaças.
Ficção científica (Sci-Fi) é um gênero narrativo que se consolidou há muitas décadas, por meio das teorias sobre futuros distópicos.
Na década de 1970, Arthur C. Clarke já escrevia a respeito da criação da internet, e Isaac Asimov, sobre um futuro em que computadores seriam indispensáveis.
Contudo, nota-se que, com o passar do tempo, as previsões dessas tramas se concretizaram, e hoje a atenção se volta mais para as novas histórias que envolvem futuros tecnológicos.
Alguns governos, como os países do Reino Unido, passaram a utilizá-las como um recurso para compreender aquilo que poderá acontecer em um futuro próximo e antecipar possíveis ameaças. Assim, entenda a seguir quais são os temas que os líderes dos países avaliam com base em ficção científica:
1. Bioengenharia
Pode-se avaliar essa tecnologia com base no livro “Dogs of War”, lançado pelo autor Adrian Tchaikovsky em 2017. Na trama, o protagonista é um cachorro de guerra com bioengenharia que atende às ordens de soldados até perceber que eles não são os “mocinhos”.
Nessa história, abordam-se muitos questionamentos a respeito da ética, moral e exploração de terceiros, como os animais, para fins que se encaixam apenas dentro da lógica humana.
Outro apontamento trata-se justamente da necessidade de desenvolver a capacidade de animais para que possam ajudar em situações perigosas ou em contextos de guerra.
2. Drones
Os drones são equipamentos que estão sendo utilizados em campos de guerra para patrulha e execução de suspeitos. No entanto, mesmo antes da sua criação, essa tecnologia já havia sido prevista nas ficções científicas.
Em 1985, o autor Orson Scott Card publicou o livro “Ender’s Game”, em que o protagonista é uma criança levada para uma espécie de escola de batalha. Nela, ele precisa realizar diversos exercícios militares por meio de computadores para executar alienígenas.
No entanto, após a simulação acabar, percebe que o exercício era real e ele estava comandando forças no Universo. A partir desse livro, problemáticas éticas e morais foram levantadas a respeito do assassinato remoto e da seleção dos alvos para execução.
3. Modificação comportamental
Os autores de maior renome nessa área são Philip K. Dick, com “The Three Stigmata of Palmer Eldritch”, de 1964, e “Ubik”, de 1969. Além disso, o filme “Firefly”, de 2005, abordou a temática.
Nele, uma tripulação viaja para outro planeta, buscando entender como os produtos químicos foram utilizados para controlar e modificar o comportamento de outros seres.
Contudo, em 1977, descobriu-se que a CIA realizou experimentos humanos para tortura e lavagem cerebral na operação MK-ULTRA.
Apesar de as drogas não serem mais utilizadas para experimentos humanos, a mudança comportamental ainda é uma questão que cientistas estudam para fins de segurança.
4. Supersoldados
Por fim, os supersoldados são modificações humanas que foram abordadas nas ficções científicas dos autores Robert A. Heinlein (“Starship Troopers”, 1959) e Joe Haldeman (“Forever War”, 1974) . Nelas, para que os soldados fossem mais fortes e ágeis, adicionavam órgãos e músculos nos seus corpos.
Porém, em virtude da superestrutura física, o papel desses soldados também é questionado quando o assunto é a ética e a moral. Além disso, a possibilidade de esses seres tecnológicos se voltarem contra seres humanos, como em “Forever War”, se torna cada vez mais próxima.