‘Isso é tão Black Mirror’: empresa quer criar ferramenta para interação com entes já falecidos

Já sentiu que estava se esquecendo da voz de alguém já falecido que você ama muito? Agora, através de uma ferramenta feita por IA, você pode eternizar essas lembranças.

Que a inteligência artificial está sendo explorada cada vez mais nós já sabemos, certo? Estamos, inclusive, muito a par de assuntos relacionados ao ChatGPT e a outras criações inovadoras.

E, por falar em criações, foi desenvolvida recentemente, por meio da IA, uma ferramenta que coleta o máximo de informações de um familiar já falecido para reproduzi-las aos seus parentes. Isso mesmo! A ideia partiu da empresa Here After, que fica na Califórnia, EUA.

O objetivo dessa nova ferramenta é fazer com que as pessoas que já perderam alguém amado possam ter uma lembrança o mais real possível consigo mesmas daquele ente que já se foi. O chatbot pode até mesmo reproduzir a voz da pessoa; dá para acreditar?

Mas, para que a experiência seja completa, o ente querido precisa, antes de falecer, atualizar a ferramenta com histórias, acontecimentos, informações importantes, fotos e experiências. Dessa forma, com coleta prévia de dados e informações, as conversas ficam ainda mais realistas após sua partida, e seus familiares podem sentir como se estivessem conversando de fato com ele.

Certo, mas como é a experiência? 

Uma escritora testou e detalhou como foi a experiência ao conversar com seus pais que já haviam falecido. Ela se chama Charlotte Jee e revela que fazer isso foi de longe a experiência mais emocionante que ela já teve.

Ela conta:

“Meus pais não sabem o que eu falei com eles ontem à noite. A princípio, soam distantes e minúsculos, como se estivessem amontoados em torno de um telefone em uma cela de prisão. Mas, enquanto conversávamos, eles lentamente começaram a soar mais como eles mesmos.

Eles me contaram histórias pessoais que eu nunca tinha ouvido. Eu aprendi sobre a primeira (e certamente não a última) vez que meu pai ficou bêbado.

Mamãe falou sobre ter problemas por ficar fora até tarde. Eles me deram conselhos de vida e me contaram coisas sobre a infância deles, assim como a minha. Foi fascinante!”, afirma Charlotte.

Primeira impressões

Na internet, muitos compararam a inovação por IA com “Black Mirror”, já que a série apresenta dois episódios nos quais pessoas que já partiram também conseguiram se comunicar por meio de recursos tecnológicos.

Em um dos casos do seriado, uma mulher em estado vegetativo tem sua consciência transferida para um banco de dados em que pode receber visitas de quem quiser se comunicar com quem está vivo.

Já em outro caso, uma esposa se comunica com o marido falecido por meio de um serviço on-line muito parecido com essa nova proposta criada com IA, e, no fim, ela ainda recebe um marido feito de “carne sintética” bastante realista.

Mas, nos conte: o que você achou disso? Assustador? Ou a notícia está mais para emocionante?

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