Fear the Walking Dead entra na sua 7ª temporada
Uma parcela significativa do público cansou de The Walking Dead e, enquanto isso, Fear the Walking Dead ganhou espectadores!
Uma parcela significativa do público cansou de The Walking Dead e, enquanto isso, Fear the Walking Dead, a série derivada da original, ganhou muitos espectadores devido à sua história eletrizante dada pelos roteiristas ousados e que não tem medo algum de errar.
Leia mais: Melissa McBride deixa spin-off de The Walking Dead e ator comenta saída
A realidade é que os responsáveis pela série já acostumaram o público com o absurdo, visto que já teve viagens ao México, cultos liderados por um assassino, apocalipse nuclear, furacões, tempestades, entre outros acontecimentos inusitados.
A comprovação de que os roteiristas são corajosos foi quando, na segunda parte da 7ª temporada que foi transmitida pela AMC Brasil, os roteiristas botaram frente a frente os personagens mais queridos da produção, Victor Strand, interpretado por Colman Domingo, e Alicia Clark, interpretada por Alycia Debnam-Carey.
A série trata da busca pela sobrevivência, que acabou dividindo os sobreviventes entre os locais que eram considerados seguros que ainda existiam. Um deles, um bunker subterrâneo, foi o local de um massacre e outro, uma torre, é levado por Victor Strand com muita rigidez. Esse comportamento de Victor faz com que ocorra uma rachadura entre os personagens.
A volta da temporada
O retorno da série é um pouco menos eletrizante, ainda que Alicia tenha declarado guerra, pois a produção acaba focando nas reflexões da personagem, seus arrependimentos e suas dores por aqueles que, em seu julgamento, deixou morrer.
Outro episódio marcante conta o romance entre a personagem Charlie, interpretada por Alexa Nisenson, e um soldado de Strand, que se apaixona pela moça inocentemente, enquanto ela apenas se aproxima para espionar a torre com o objetivo de conseguir informações para a resistência.
Grande parte do público entende, pelo que a sétima temporada entregou até aqui, que os melhores dias de Fear The Walking Dead ficou no passado e, neste momento, a trama da série roda em círculos.
Ainda que o arco de Strand como um ditador tenha causado uma surpresa e deixado os espectadores animados, parece que já deixou de ser novidade e, agora, pede que os roteiristas façam mergulhos mais substanciais no contexto.
Mesmo sem nenhum crescimento, protagonismo ou motivos que o mantenham ativos no enredo, a produção mantém personagens como Daniel Salazar, interpretado pelo ator Rubén Blades, e Morgan, interpretada pela atriz Lennie James.
Um dos pontos mais fortes da obra é a completa imprevisibilidade e o ritmo eletrizante, que lembrava os quadrinhos. Os personagens sempre estão dentro de um movimento maior e os protagonistas possuíam a capacidade de tornarem-se vilões ou sofrerem com destino surpreendentes.
No entanto, no momento que a série vive, dá a impressão de que os roteiristas caíram na história de comunidades de sobreviventes fixas, o que é tudo aquilo que os espectadores não querem assistir.
Com o fim de The Walking Dead, a produção derivada virará o centro das atenções do público, porém, para que consiga manter esse engajamento do público é necessário que saia da mesmice e corra de situações que se repetem em todas obras de apocalipse zumbi