Será que os animais reconhecem o próprio reflexo no espelho?

Será que os animais, como elefantes e macacos, são dotados de autoconsciência e capacidade de reconhecer a si mesmo?

Levando em consideração uma tese filosófica, a autoconsciência é um fator decisivo na racionalidade humana, pois é o fator que nos permite entender o que nos diferencia dos demais seres, fato que nos torna únicos.

Partindo desse princípio, entender se os animais são dotados desse mesmo dom vai além de uma simples curiosidade e envolve entender que essa capacidade em um animal “irracional” pode ter um significado maior.

Alguns animais são autoconscientes

Em 2006, nos Estados Unidos, foi realizado um estudo para entender se os animais são capazes de reconhecer os seus próprios reflexos. O experimento testou três elefantes asiáticos e descobriu-se que esses animais, de fato, são capazes de reconhecerem a si mesmos.

Para comprovar tal tese, os pesquisadores marcaram os elefantes com símbolos distintos. A intenção era apurar se os animais conseguiriam identificar qual era o seu corpo.

O resultado é que a interação entre os animais e os seus reflexos se deu de forma consciente. Os elefantes pareciam entender que aquele sinal era o que os identificava. Entre as ações, os elefantes moviam suas trombas da mancha para a boca.

Alguns até mesmo pareciam estudar sua anatomia, como foi o caso de Maxine. Esse animal levou a tromba até a boca no espelho e, em outra ocasião, usou a tromba para “puxar” a orelha. Os movimentos eram feitos de forma lenta, como se os paquidermes estivessem analisando as suas reações.

Os símios (uma espécie de macacos sem caudas) também foram objetos de estudos. O resultado dessa pesquisa foi interessante, pois se observou que apenas os macacos adultos interagiram com o reflexo.

Além do mais, os mamíferos mais jovens pareciam ainda não ter desenvolvido a autoconsciência, enquanto os mais velhos pareciam tê-la perdido.

Além de elefantes e macacos, animais como orcas e golfinhos também já demonstraram possuir essa capacidade.

A pergunta que fica agora é: até onde essa capacidade vai? Seriam tais animais capazes de ter uma consciência mais profunda sobre a sua existência?

Até o momento, não existe uma resposta para essas questões. Só podemos esperar que novos estudos abordem esse tema.

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