Estrela errante é um PERIGO REAL ao Sistema Solar, diz estudo

Estudo simula impacto de estrela errante no Sistema Solar e resultado surpreende.

Sob o título apocalíptico de ‘Trajetórias Futuras do Sistema Solar: Simulações Dinâmicas de Encontros Estelares Dentro de 100 UAs’, um recente estudo mergulhou nas possíveis consequências caso uma estrela errante se aproximasse do Sol a uma distância de 100 unidades astronômicas (UAs).

Para contextualizar o caso, esse valor representa cem vezes a distância média entre a Terra e o Sol, o equivalente a cerca de 15 bilhões de quilômetros.

Apesar de nossa perspectiva humilde, essa aproximação, na escala cósmica, revela-se perigosa, capaz de esticar ou até romper as delicadas ligações gravitacionais que mantêm a harmonia funcional do Sistema Solar.

Uma vez que estamos completamente submissos ao Sol, a Terra ficaria à mercê de um novo modelo gravitacional, o que poderia acarretar mudanças catastróficas.

Embora os autores do estudo assegurem que a Terra ainda desfrutará de “cerca de um bilhão de anos de condições de superfície habitáveis” em um sistema fechado, existe uma pequena, mas não negligenciável, probabilidade (quase 1%) de um encontro inesperado com uma estrela rebelde.

Estrela errante – Imagem: Reprodução

Se isso ocorresse, quais seriam as implicações para a Terra?

Para responder a essas indagações, a equipe empregou simulações computacionais do tipo N-corpos, analisando as possíveis trajetórias dos planetas do Sistema Solar em caso de uma interferência estelar.

Embora tenha sido considerado que alguns caminhos poderiam resultar em perdas, a probabilidade de que, pelo menos, 95% deles permaneçam inalterados permanece elevada.

No que diz respeito à Terra, o estudo contempla diversas possibilidades, ressaltando, no entanto, que as chances de sua materialização são ‘extremamente baixas’.

Além da remota probabilidade (0,48%) de uma colisão com outro planeta, o destino do nosso mundo inclui cenários como a captura por uma estrela intrusa, sua destruição juntamente com os demais planetas do Sistema Solar, mesmo no caso de uma estrela menos massiva que o Sol e que se mova a baixa velocidade.

Outras projeções mais sombrias sugerem que a Terra poderia abandonar sua órbita solar, viajando com a estrela intrusa, enquanto seis planetas colidiriam com o Sol, deixando apenas Júpiter incólume.

Em cenários mais perturbadores, a Terra poderia tornar-se um planeta errante, à deriva no espaço por um milhão de anos até que sua superfície congelasse por completo.

Ou, talvez, ela pudesse ser lançada nos confins do Sistema Solar, na temível Nuvem de Oort, a 100 mil UAs ou além, com a sobrevivência a longo prazo da Terra permanecendo incerta, conforme preveem os autores deste intrigante estudo cósmico.

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