Esta página ‘silenciosa’ revolucionou o estilo das HQs

Com apenas uma página, este artista conseguiu trazer uma revolução completa para as revistas em quadrinhos.

Talvez você não saiba, mas as revistas em quadrinhos como conhecemos hoje nem sempre foram assim tão complexas e completas. Muito pelo contrário, por muito tempo perdurou um modelo único, até que um artista desenhou a página que revolucionou os quadrinhos. Entenda!

O segredo dos quadrinhos impressionantes

Já percebeu o quanto uma história em quadrinhos pode apresentar diversos itens simbólicos e profundos? Isso é o que torna a nona arte tão incrível, apesar de haver quem insista que é coisa de criancinha. Mas vamos combinar que quem pensa isso está por fora desse tipo de arte.

Afinal, as histórias em quadrinhos são mais que meros desenhos e uma história básica. Não mesmo! Existe aqui uma combinação louca de elementos visuais e textuais, capaz de gerar aquele famoso efeito mindblowing.

Claro que isso não aconteceu da noite para o dia. Na verdade, por muito tempo as revistas em quadrinhos tinham um modelo base e imutável de quadrados simétricos com desenhos sobre retângulos com as falas. Vamos combinar que isso deixava a história um pouco “chatinha”.

No entanto, isso já estava provocando um desejo por mudanças radicais. Nesse sentido, alguns artistas começaram a desenvolver algumas ideias e, em 1955, Bernard Krigstein criou a página revolucionária que mudaria a história dos quadrinhos para sempre e viraria um clássico.

Uma página revolucionária

Página que revolucionou os quadrinhos.
Foto: EC Comics/Reprodução

Krigstein não era fã dos quadrinhos. Na verdade, ele era um artista que conseguiu alguns trabalhos como o que hoje nós chamaríamos de freelancer. Por conta do seu talento, ele conseguiu a oportunidade de fazer a arte da revista Impact, da EC Comics.

Essa é uma história complexa que envolve um alemão pós-Segunda Guerra Mundial que percebe estar sendo seguido por um homem misterioso. Ele pensa que o perseguidor deve ser um homem que fugiu do Holocausto, o reconheceu e começou a buscar vingança.

Para Krigstein, essa história demandava profundidade. Por isso, ele defendeu que a única forma de fazer a arte seria ter a liberdade para trabalhar com o número de quadrinhos que quisesse, além de estilos diferentes.

Foi então que Krigstein desenvolveu uma página com estilo inédito: silenciosa (sem falas), com quadrinhos fora do padrão retângulo e que trouxe uma dramaticidade enorme. Não precisamos nem falar que depois disso as HQs nunca mais foram a mesma!

A maioria dos artistas especializados na área reconhece aquela página como um divisor de águas que trouxe mais complexidade para as histórias. Hoje, podemos ver os impactos dessa arte em quadrinhos de grandes editoras, como Marvel e DC.

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