Vaso sanitário é mais limpo que esponja de louça? Estudo mostra que essa pode ser uma realidade

Saiba também como se proteger dos microrganismos presentes na esponja e cuidar da sua saúde.

Lavar a louça realmente pode ser um pesadelo, principalmente quando vemos aquela pilha imensa cheia de pratos e talheres sujos com sobras de comida. Mas acredite: é possível piorar. Pode parecer estranho, mas, às vezes, no caso do uso de uma esponja que está na pia há muito tempo, você pode acabar mais sujando a louça do que a limpando.

Inclusive, uma esponja suja pode ser mais nojenta até do que o seu banheiro. Mas calma, não estamos falando para lavar a louça no vaso sanitário. Apenas veja o que cientistas descobriram sobre esponjas de lavar louça e, com certeza, você vai adotar novos hábitos na cozinha.

Vaso sanitário tem menos bactérias do que uma esponja

Estudo diz que esponjas de louças são mais sujas que banheiros
Foto: olesea vetrila/Shutterstock

Segundo um estudo alemão de microbiologia, publicado na revista Scientific Reports, as esponjas de lavar louças podem ter mais bactérias do que os banheiros. O estudo analisou DNAs presentes em esponjas de diversas casas, detectando cerca de 362 tipos de microrganismos, mais do que normalmente há em um banheiro.

Um outro estudo feito no Departamento de Ciências Químicas Biológicas da Universidade de Sonora, no México, mostrou que a composição e a forma da esponja podem compor um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias, fungos e outros microrganismos maléficos à saúde.

Com a porosidade do material e a umidade à qual ele está sujeito, o ambiente se torna propício para a vida de alguns organismos. Embora muitos desses agentes não apresentem danos fatais, alguns ainda podem ser um sério risco. Entre os potenciais perigos encontrados, estão a famosa salmonella e até o estafilococos.

Onde está o problema?

Não são apenas as esponjas que podem trazer riscos à saúde na cozinha, pois os panos usados para a limpeza também podem conter bactérias e microrganismos tão perigosos quanto os já referidos.

O estudo explica que a contaminação cruzada pode ocorrer de diversas formas. Por exemplo, quando usamos um pano para limpar um armário ou a bancada e o usamos da mesma forma para secar louça ou até as mãos, pode haver contaminação. Sobre isso, o chef de cozinha e escritos científicos Heinz Wuth explica:

“O maior risco é a contaminação cruzada biológica. Muitas vezes, ao usar o pano, mais está sendo contaminado do que está sendo limpo”, disse.

O que fazer para não ficar exposto a esses organismos nocivos?

Os pesquisadores revelam que uma das principais causas de infecção está no manuseio de alimentos ou produtos sem a devida higienização, e por isso, se faz necessária a prática de bons costumes alimentares e higiênicos. Lavar as mãos é um exemplo, já que muitas das contaminações cruzadas vem das próprias mãos das pessoas.

Além disso, saber a hora de trocar sua esponja é ideal para manter a segurança e higiene. Muitos podem usar o truque de colocá-la no micro-ondas para aumentar seu tempo útil de vida. Porém, Wuth explica que esse método não é 100% eficaz.

Embora ajude a manter uma esponja por mais tempo, esse truque ainda não resolve todos os problemas, acabando apenas com cerca de 60% dos organismos.

Mas caso queira saber mesmo assim, o método consiste em colocar a esponja por cerca de três minutos em potência máxima no micro-ondas. É importante que ela esteja o mais seca possível, pois esquentá-la enquanto úmida pode acabar te queimando no momento de retirada.

Lembrando que isso apenas prolonga um pouco a vida útil do objeto, mas não é o mais indicado. Por isso, é importante trocar as esponjas periodicamente, sobretudo quando estão com mau odor, uma aparência muito suja ou até uma cor diferente. Os especialistas indicam que a troca seja feita a cada 15 ou 30 dias, ou antes, caso seja necessário.

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