Escala de Turim: Conheça a medida que avalia risco de colisões de asteroides com a Terra
Assim como a Escala Richter determina a força de terremotos, também existe a Escala de Turim para compreender os asteroides.
Recentemente, o Multiverso Notícias tem divulgado algumas matérias sobre asteroides que passam muito próximos da Terra ou que geram uma grande repercussão na internet.
Nestes casos ou em qualquer outro envolvendo asteroides e cometas, seja pela NASA ou por outra empresa espacial, a medida utilizada para determinar o risco de impacto é a Escala de Turim.
Mas, afinal de contas, o que é a Escala de Turim? Bom, a mais simples explicação é apelar para o conhecimento geral das pessoas. Você conhece a Escala Richter, aquela que determina a força de um terremoto? Pois bem, a Escala de Turim é a “Escala Richter dos asteroides”.
Em outras palavras, é por meio dessa métrica que os cientistas conseguem determinar o quão perigosa é a aproximação de um asteroide em relação ao planeta Terra. Além disso, é a partir dessa escala que os estudiosos medem a importância de fenômenos envolvendo esses corpos celestes para avisar (ou não) o governo sobre perigo iminente.
Como a Escala de Turim é organizada?
Como as outras matérias anexadas acima mostraram, no momento em que um novo asteroide é descoberto, são feitos diversos cálculos. A partir daí, é possível determinar se há ou não risco de impacto com a Terra, e qual é esse risco.
Por exemplo, há asteroides que são descobertos e colocados na lista de potenciais impactos, porém a chance de isso acontecer é de 1 em 1 milhão. Sendo assim, esse asteroide é caracterizado como pertencente à Zona Branca.
Na imagem abaixo, é possível conferir um gráfico para que essa escala seja melhor visualizada. Há cinco cores e dez níveis, para os quais define-se a escala de perigo e em alguns casos, de destruição.
Zonas Branca e Verde
O nível 0 (Zona Branca) e o nível 1 (Zona Verde) são os “melhores”, pois os asteroides pertencentes a esses níveis têm uma chance de impacto tão pequena que é praticamente impossível que eles sequer passem muito perto da Terra.
Zona Amarela
Já os asteroides presentes nos níveis 2 a 4 pertencem à Zona Amarela, a qual chama um pouco mais de atenção. Isso porque os asteroides que pertencem a essa zona passam perto da Terra, ainda que com pouquíssimas chances de impacto, como é o caso do asteroide “436774 (2012 KY3)”, o qual passou pela Terra na última quinta-feira (13/04).
Mesmo que os níveis 3 e 4 possuam cerca de 1% de chance de impacto, ainda não é algo alarmante. Até porque esse impacto causaria uma destruição mais localizada, ou seja, menor. Porém, depois deles é que a questão começa a ficar perigosa.
Zona Laranja
Nos níveis de 5 a 7 temos a Zona Laranja. Neles, a probabilidade de impacto ainda é incerta, mas sua diferença está relacionada à destruição que serão capazes de causar, caso de fato atinjam a Terra.
No nível 5, por exemplo, a destruição seria regional, podendo afetar um país inteiro. Já no nível 6, essa destruição pode atingir uma escala global, chamando atenção para o que deve ser feito.
No nível 7, o problema torna-se quase que urgente, porque o impacto afetará todo o mundo, e isso acontecerá em menos de um século. Portanto, devem ser tomadas providências para determinar se o impacto de fato ocorrerá, onde e, se necessário, como impedi-lo.
Zona Vermelha
Mas agora você deve se perguntar: todo esse medo somente pelo nível 7, mas e quanto ao último nível e a Zona Vermelha? Bom, conforme pode ser visto pelo gráfico, a Zona Vermelha é composta pelos níveis 8 a 10.
Asteroides catalogados nessa zona contam com a certeza de que se chocarão com a Terra. Suas características são basicamente as mesmas dos anteriores – o nível 8 causará destruição localizada, o nível 9 causará destruição regional e o nível 10, global.
A diferença aqui é que o impacto com a Terra não é uma probabilidade, mas uma certeza! Porém, é claro que devido à forma como nosso Sistema Solar é organizado, esses eventos são extremamente raros.
Assim, um evento de nível 8 ocorre uma vez a cada 50 a 1000 anos, enquanto um evento de nível 9 ocorre uma vez a cada 10 mil a 100 mil anos. Por fim, um evento de escala nível 10 é tão raro que nem mesmo os dinossauros viram o último.