Enchentes no Acre: erosão indica possível mudança de bairro brasileiro para país vizinho

Imagens mostram cenário catastrófico em Brasileia, com erosão apontando possível deslocamento de bairro para outro território após intensas chuvas e enchentes.

A cidade de Brasileia, no Acre, enfrenta uma situação desesperadora à medida que as águas dos rios atingem níveis históricos nunca registrados.

Com 15,58 metros de aumento, os rios transformaram 12 dos 14 bairros da cidade em zonas alagadas, gerando evacuações e a migração de comunidades inteiras.

Erosão indica possível deslocamento territorial

O bairro de Leandro Barbosa, localizado nos fundos da cidade, tornou-se uma das áreas mais impactadas, com sua única rua de acesso sendo engolida pelas águas tumultuadas.

Imagens reveladoras sugerem que a erosão resultante das enchentes pode ter, de maneira surpreendente, “movido” o bairro para o território boliviano.

A prefeita Fernanda Hassem, embora aguarde a baixa das águas para confirmação, afirma que a situação indica uma possível anexação do bairro ao país vizinho.

Cidade alagada – Imagem: CNN/Reprodução

As consequências dessa possível alteração territorial vão além da geografia, afetando diretamente a comunidade indígena dos Jambinaua.

Com 186 pessoas obrigadas a deixar suas casas, o local que habitavam tornou-se uma fronteira terrestre entre o Brasil e a Bolívia.

A prefeita Fernanda Hassem faz um apelo desesperado por ajuda, destacando a natureza humanitária das ações empreendidas e a inevitabilidade de reconstruir a cidade.

Cadastros da população mais impactada já foram realizados pelo governo federal, mas o processo de recuperação será longo e desafiador.

Fotografia indica a movimentação do bairro – Imagem: Prefeitura de Brasileia/Reprodução

A cidade, agora isolada por via terrestre após a destruição de 32 pontes, enfrenta um cenário caótico. A energia elétrica foi desligada preventivamente, restando apenas dois bairros com fornecimento.

Ao todo, 15 prédios públicos, incluindo o fórum, a prefeitura e a delegacia, encontram-se submersos, evidenciando a extensão do desastre.

Com 16 abrigos ativos para acolher 319 famílias e outras 3.128 famílias buscando refúgio em casas de parentes ou abrigos temporários, o município enfrenta uma crise humanitária urgente.

O isolamento de seis comunidades agrava ainda mais a situação, exigindo uma resposta rápida e coordenada para atender às necessidades imediatas da população afetada.

Enquanto as autoridades encaram a árdua tarefa de lidar com a emergência, a população se mobiliza, destacando a resiliência e solidariedade diante de uma das piores catástrofes naturais já enfrentadas pela região.

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