Diretor de 'John Wick', Chad Stahelski levanta debate sobre categoria de dublês no Oscar

Tendo experiência pessoal como dublê, diretor Chad Stahelski, de 'John Wick', pede que Academia de Artes e Ciências Cinematográficas adicione categoria para dublês no Oscar.

Nos últimos anos, a indústria cinematográfica tem testemunhado inúmeros  filmes de ação de tirar o fôlego, nos quais as acrobacias e as sequências de luta são tão impressionantes que se tornam parte essencial da experiência dos espectadores.

E por trás dessas cenas emocionantes estão os dublês, profissionais altamente habilidosos que arriscam suas vidas para trazer realismo e entretenimento às telas. No entanto, apesar de seu papel crucial na indústria, os dublês ainda não têm o próprio espaço na maior premiação do cinema: o Oscar.

O diretor de “John Wick”,  Chad Stahelski,  tem uma história pessoal única e relevante quando se trata da valorização dos dublês na indústria cinematográfica.

Antes de se tornar um diretor renomado, Stahelski teve uma carreira bem-sucedida como dublê, trabalhando em diversos filmes de ação de destaque.

Sua experiência no campo permitiu-lhe entender profundamente os desafios e o talento necessário para realizar acrobacias de alto nível, e essa perspectiva influenciou sua abordagem como diretor.

Diretor de ‘John Wick’ fala sobre a inclusão de dublês entre os profissionais premiados no Oscar

Por isso, levando em conta a sua vivência pessoal no universo de dublês, o renomado diretor Chad Stahelski deseja ver a categoria de profissionais mais valorizada, principalmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar.  

“Temos nos encontrado com membros da Academia e realmente tido essas conversas e, para ser honesto, tem sido incrivelmente positivo, incrivelmente instrutivo”, afirma Stahelski. “Acho que, pela primeira vez, fizemos um movimento real para fazer isso acontecer.”

De acordo com Stahelski, uma categoria no Oscar destinada a esses profissionais pode ser criada em breve, até mesmo na próxima cerimônia.

O diretor também considerou que a categoria pode ser incluída, no máximo, em três a quatro anos. Para ele, é importante definir também quais seriam os critérios entre os dublês para destinar a premiação.

“A questão é [que] não tivemos conversas reais sobre como você determina o que premiar”, explicou Stahelski. “Tipo: é para melhor dublê? É a melhor coreografia? Melhor sequência de ação? Melhor conjunto de dublês? O coordenador de dublês é premiado? O cara que está fazendo acrobacia é premiado?

O coreógrafo de artes marciais? A coreografia de luta? O dublê? O diretor da segunda unidade? O editor? Quem recebe o prêmio? Todas essas são ótimas questões que precisam ser discutidas por indivíduos inteligentes de ambos os lados, a comunidade de dublês e a Academia.”

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