Desvendando a complexidade psicológica de Gollum em 'O Senhor dos Anéis'

Descubra como funcionam alguns aspectos psicológicos de Gollum, personagem marcante do universo de J. R. R. Tolkien, e como uma enfermidade mental o levou à escuridão.

Nas terras mágicas criadas pelo autor J. R. R. Tolkien, surge uma figura atormentada por uma enfermidade mental. Gollum, antes conhecido como Sméagol, é um personagem que traz à tona a escuridão e o isolamento causados pela tragédia em sua vida.

Sua jornada sombria se iniciou ao tirar a vida de seu próprio primo, Déagol, em busca do cobiçado Um Anel.

A doença mental de Gollum

Fonte: iStock

Ao longo do tempo, a aparência de Gollum sofreu uma metamorfose assustadora. Seu corpo se tornou magro e deformado, com a cabeça desproporcional e olhos saltados. Alguns acreditam que sua dieta precária, baseada em peixes crus, pode ter contribuído para deficiências nutricionais que agravaram seus problemas mentais.

Cenas como essas são mostradas no início do filme “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei“, no qual o personagem foi interpretado magistralmente pelo ator Andy Serkis. Mas qual seria a doença mental que o personagem Golum possuía?

A existência de Gollum foi marcada por traços de um transtorno esquizoide de personalidade, caracterizado pela preferência pela reclusão social, escassez de expressões emocionais e uma obsessão doentia pelo Anel.

Seu pensamento repetia palavras e neologismos, revelando a intensa batalha interna que enfrentava. Assim, quando o destino o conduziu ao encontro com Frodo, o novo portador do Anel, a busca de Gollum pelo precioso tesouro atingiu seu auge.

Contudo, a tragédia estava destinada a consumi-lo, junto ao objeto de sua fixação, nas ardentes chamas do Monte do Destino. Apesar de sua longevidade incomum, cerca de 589 anos, uma vez que se tratava de um hobbit como Frodo, graças à influência do Um Anel, Gollum pereceu sem encontrar a paz.

A complexidade psicológica de Gollum ressalta o modo como doenças mentais podem moldar até mesmo personagens fictícios, acrescentando profundidade emocional e humanidade à narrativa épica de “O Senhor dos Anéis“.

A história desse personagem serve como uma poderosa reflexão sobre os avassaladores efeitos que a mente pode sofrer, mesmo em um mundo de pura fantasia.

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