Denúncia: Amazon é processada por suposta manipulação de clientes para ganhar assinantes

Estratégias de marketing e divulgação são práticas muito comuns em empresas, mas, às vezes, essas táticas podem passar dos limites.

Várias empresas utilizam diversas táticas para conquistar novos clientes e vender produtos, serviços ou assinaturas.  

Algumas estratégias são muito conhecidas, como o uso de estratégias de marketing, mídias sociais, avaliações de consumidores expostas nos sites, além de outras promoções que impulsionam as vendas, como ofertas exclusivas com programa de fidelidade.

O problema é quando essas táticas são usadas de forma antiética apenas para atrair o público. O uso de pressão psicológica, ocultação ou informações enganosas e até mesmo a manipulação de intenção dos clientes são exemplos de promoções ilegais.

Por conta desse tipo de marketing, as empresas podem ser responsabilizadas e processadas caso algo de errado seja notado, como o que está acontecendo com a Amazon atualmente, que foi acusada de enganar seus clientes.

Amazon é acusada de manipulação para obter assinantes

Foto: KAZUHIRO NOGI/Getty Images

Na última quarta-feira, dia 21 de junho, a Amazon, uma das maiores empresas do mundo, foi processada pela Comissão Federal do Comércio (ou FTC, na sigla em inglês).

Segundo o órgão norte-americano, a companhia teria enganado seus consumidores para que assinassem o seu serviço Amazon Prime.

A FTC argumenta que a empresa está dificultando o cancelamento por parte dos clientes, dizendo ainda que as táticas usadas pela Amazon advêm da indução dos usuários através do design de interface manipulador.

Esse serviço por assinatura foi criado em 2015 e conta com 200 milhões de assinantes no mundo todo. Custa, no Brasil, uma mensalidade de R$14,90 e oferece acesso a diversos recursos, como frete grátis em certas compras e outros serviços de música e streaming.

“Táticas de manipulação prejudicam tanto os consumidores quanto as empresas que cumprem a lei”, explica a presidente do FTC, Lina M. Khan.

Como a empresa faz isso?

O órgão afirma que, durante a navegação no site da de vendas da empresa, os usuários são apresentados diversas vezes à possibilidade de assinatura do serviço.

Até aí não há problemas, porém, há uma oferta excessiva do Prime, inclusive nos momentos de finalização e processamento de compra.

Como argumento, a FTC revela que é mais difícil finalizar a compra sem que assine o programa do que o assinando, situação em que as opções sem o serviço são menores e mais escondidas.

Aliás, o fator mais responsabilizador foi um botão encontrado na tela do site, no qual não havia nenhum destaque, mas assinalava uma opção em que o usuário concordava em assinar o serviço.

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