Cuidado! Vazamento e roubo de dados crescem no Brasil

O varejo nacional tem sido o maior foco dos ataques on-line.

De acordo com dados do X-Force Threat Intelligence Index 2023, da IBM Security, o índice do roubo de dados no Brasil cresceu 32% no ano passado em relação a 2021. Seguido de vazamento e destruição de dados, com 22%. De todas as regiões que a equipe de segurança da IBM atende, o Brasil foi responsável por 67% dos casos de ciberataques.

O documento também acompanha tendências e padrões de ataques virtuais. De acordo com os dados da IBM, o varejo tem sido o setor mais afetado por ciberataques no Brasil, fazendo do País a quarta região mais atacada do mundo.

Em 2022, roubos de dados como phishing e coleta de credenciais foram os mais comuns. Essa parece ser uma nova tendência dos hackers, que parecem ter mais interesse em informações pessoais para venderem a preços altos na deep web.

Tipos de roubos de dados

Conversas de e-mail têm sido muito usadas por hackers para aplicar golpes, com índice dobrando no mundo todo. Somente na América Latina, o sequestro de e-mails representa 11% dos ciberataques do mundo.

Como grandes empresas possuem sistemas de cibersegurança robustos, os golpistas focam em setores, empresas e regiões mais vulneráveis. Eles lançam mão de extorsão e pressão psicológica para forçar as vítimas a pagarem para ter seus dados de volta. No total, 27% dos ciberataques estavam relacionados à extorsão.

No entanto, roubos de dados do tipo ransomware caíram a 4% em nível global no ano de 2022 em relação ao ano anterior. Essa redução se deve à maior taxa de sucesso na identificação e prevenção desses ataques. Desse total, 12% dos casos aconteceram no Brasil.

Só para especificar, em um golpe do tipo rasonware, um vírus “sequestra” os dados no computador da vítima, por meio de criptografia. Os hackers bloqueiam o acesso do usuário a esses dados e cobram o resgate em criptomoedas, o que torna praticamente impossível rastrear a origem do golpe.

No entanto, os golpistas estão sempre inovando. Por exemplo os hackers têm agentes que conseguem roubar os dados de acesso a backdoors – brechas de segurança que permitem o acesso remoto a sistemas. O relatório da X-Force diz que esses dados são vendidos na dark web a US$ 10 mil.

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