Continente africano está mesmo se dividindo em dois? Entenda os rumores

Há poucos anos, o Quênia se deparou com uma enorme rachadura em seu território. Pouco a pouco, essa rachadura continua aumentando, criando um vale.

Há alguns anos, comprovou-se que a Terra é dividida em diversas placas tectônicas, as quais se movem acima do manto terrestre. Esse evento acontece por conta de uma camada entre a crosta terrestre (que se divide em 52 placas) e o manto da Terra, a astenosfera.

Essa camada, por estar em um estado plasmático, permite que haja a movimentação das placas, graças ao calor interior da Terra, que “empurra” a astenosfera mais plasmática, consequentemente movimentando o que há em cima.

Com isso, os cientistas passaram a compreender que de fato houve um momento em que os continentes eram apenas um, a Pangeia. Após milhões de anos de movimentação, os continentes se estabeleceram conforme os conhecemos atualmente.

No entanto, o que poucos percebem é que o movimento não cessou, ele continua, assim como os continentes continuaram a se separar em alguns pontos e se juntar em outros. E esse processo de separação pode ser visto em alguns lugares do mundo.

Continente africano dividido

Um dos locais em que esse processo de separação pode ser visto atualmente é no Quênia, na região sudoeste da África. No país, em 2018, uma grande rachadura no chão pôde ser vista se estendendo por quilômetros de distância.

Essa rachadura comprova o que alguns geólogos já estavam especulando: que a África, em alguns milhões de anos, será dividida em duas partes. Esse processo, além de logicamente separar o continente africano, dará origem a um novo oceano, seguindo o que foi teorizado por J. Tuzo Wilson.

Batizado posteriormente de Ciclo de Wilson, essa teoria geológica explica, por meio da teoria das placas tectônicas, como se formam os oceanos. Além disso, essa teoria também explica como eles morrem, tal como o processo pelo qual passa o Oceano Pacífico.

Apesar de haver a certeza de que a África vai eventualmente se dividir, isso não significa que será exatamente ao meio. Na realidade, é uma porção menor dela que está em processo de distanciamento. Contudo, ainda assim são milhares de quilômetros.

No entanto, por tratar-se de uma escala conhecida como tempo geológico, é provável que ainda demore milhões de anos até que essa separação de fato aconteça.

Por enquanto, as populações na região afetada somente vão se deparar com eventuais e pequenos terremotos e tremores, além de, obviamente, imensos vales criados pela reparação das rochas.

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