Por que o dinheiro não rende? Saiba como resolver seus problemas financeiros
Primeiro passo é assumir que algo não está bem.
Para algumas pessoas, mesmo o aumento ou reajuste de salário não significa que todas as contas estarão em dia. Com o tempo, esse problema acaba sendo até mesmo fonte de vergonha e ansiedade para muitos. Mas como resolver os nossos problemas financeiros?
Pegi Burdick, especialista em finanças, trabalha para ajudar homens e mulheres a reverter o estresse e a vergonha em relação ao dinheiro e a retomar o controle de suas vidas. Ela diz que é muito comum pessoas em vários estágios da carreira enfrentarem uma certa vergonha com relação à própria situação financeira.
Isso acaba fazendo com que as pessoas escondam o cenário real das suas finanças até de seu cônjuge, de amigos próximos e de familiares, com medo do julgamento. Mas essa energia de preocupação pode ser mais bem canalizada em ações para solucionar esse problema. Veja como fazer isso a seguir.
Resolvendo seus problemas financeiros com Pegi Burdick
Burdick sugere que a primeira ação que uma pessoa precisa realizar para começar a lidar com os problemas financeiros é começar com um pouco de perspectiva.
Desse modo, é necessário que dê um passo para trás e analise estes três pontos: sua renda, hábitos de consumo e os gastos com coisas de que você realmente não precisa.
Para isso, Pegi recomenda que as pessoas façam uma lista dos itens e gastos essenciais mensais, como pagamentos de IPTU ou condomínio, seguro do carro, compras alimentares, gastos com filhos, bichos de estimação, entre outros.
Feito isso, a pessoa deve listar tudo o que não seja essencial, como um móvel decorativo, jantares delivery, brinquedos que os filhos usaram uma vez, roupas que foram usadas somente uma vez em uma ocasião específica. Veja, portanto, se realmente eram gastos necessários. Se não, ponha na lista.
Tomando as rédeas dos seus gastos
Agora que tudo está na ponta da caneta (ou na planilha do Excel, hehe!), fica mais fácil assumir o controle dos seus gastos. Quando você vir tudo o que foi anotado, ficará mais claro quais são seus problemas financeiros na prática.
Com base nessa observação, Burdick divide as dívidas de duas formas: a dívida boa, com bens essenciais e tangíveis, e a dívida ruim, como a fatura de cartão de crédito com compra de coisas não essenciais e gastos impulsivos.
A mais preocupante é a dívida ruim. Ela é a mais difícil de encarar porque faz você refletir sobre suas motivações para fazer ou manter esse gasto, como a matrícula da academia para a qual você nunca vai. Logo, entender essa motivação pode ser um processo bem doloroso.
Ainda mais com a armadilha dos cartões de crédito e os estímulos de consumo pautados na filosofia do “só se vive uma vez”, mas os boletos chegam todo o mês. Então, se você está aqui, é provável que esse choque já tenha acontecido. Mas não dá para chorar sobre leite derramado, agora é mãos à obra.
Aprendendo com os erros
Algumas pessoas podem comprar pelo sentimento de merecimento do tipo “trabalhei o mês inteiro, um mimo não vai fazer mal”. O.k., um não faz mal, mas quando viram VÁRIOS, isso abre o caminho do caos, se você perder a mão.
E para quem não aprende a verificar se tudo cabe no orçamento desde cedo, essa tarefa de pesar se o gasto é necessário ou não pode ser ainda mais desafiador. Isso porque, na maioria das vezes, na verdade, você não precisa daquele item ou gasto agora.
Fazendo as pazes com dinheiro
Quando você entender sua motivação, pense em estratégias para usar em situações que o influenciariam a fazer esse gasto novamente, gerando para você mais problemas financeiros. Lembre-se, como diria Edna Moda em “Os Incríveis”, “A sorte ajuda quem se prepara”.
Então, não dê brecha para as situações desafiadoras que poderiam se aproveitar da sua fragilidade. Veja quais medidas você pode tomar para encarar isso de uma forma mais ativa e consciente no dia a dia. Ler este texto já é um grande passo, portanto tenha orgulho de si mesmo(a).
Você versus seus problemas financeiros
Agora, é hora de olhar seus problemas financeiros nos olhos e dar-lhes um nocaute. Separe tudo o que estiver na lista de não essenciais e se proponha a ir reduzindo os itens progressivamente, retirando um por um até que ela diminua.
Com o tempo, quando a tentação desses gastos for diminuindo e você começar a ver o resultado com o dinheiro no saldo final do mês, sua confiança vai aumentar.
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(Atenção: a produção deste conteúdo compreende que algumas situações financeiras requerem uma ação mais profunda e estratégica. Portanto, a proposta aqui foi centrada em um cenário de descontrole mais pessoal do que de arrocho financeiro real.)