Como a NASA avisaria o mundo sobre uma ameaça de asteroide?
A possível queda de um grande astro é algo que amedronta a sociedade sempre que o assunto é colocado em pauta.
Um dos fenômenos espaciais que mais gera curiosidade e medo nas pessoas, certamente, é a movimentação de asteroides e a possibilidade deles se chocarem com a Terra.
Isso já virou tema recorrente em filmes de tragédia e ficção científica, por exemplo.
A dúvida maior, caso isso ocorresse um dia, é como o mundo lidaria com a questão e se seria possível prevenir. A NASA já fez estudos sobre o assunto e conseguiu chegar a algumas respostas.
O passado do planeta Terra foi recheado de quedas de meteoros. Isso influenciou, inclusive, a formação dos continentes como vemos hoje.
Desde a extinção dos dinossauros, no entanto, que ocorreu há 65 milhões de anos, não se registra a mesma frequência de ameaças. O cenário é bem mais tranquilo.
Asteroides são constantemente monitorados pela NASA – Foto: Reprodução
Impacto
Se o asteroide que gerou a extinção dos grandes répteis se chocasse hoje com a Terra, o impacto seria milhões de vezes maior do que o ocorrido por uma bomba de hidrogênio, por exemplo. Quase todo o território do México e do Caribe deixasse de existir.
Vale lembrar, o asteroide, chamado Chicxulub, tinha mais de 10 quilômetros de diâmetro. Ele era maior que o Monte Everest.
Fora o impacto imediato e um terremoto de magnitude 10, ele causaria uma nuvem de poeira e cinzas que iria cobrir todo o planeta, a ponto de bloquear a luz solar e congelar a Terra.
Tais informações já são aterrorizantes, pois é impossível não imaginar como seria e, mais do que isso, cogitar a possibilidade atualmente. Afinal, os asteroides continuam em plena movimentação no espaço.
O que a NASA faria?
Hoje, o que se sabe é que seria possível prever esse tipo de situação e a NASA conseguiria avisar a todos com certa antecedência.
A Agência Espacial dos Estados Unidos possui um departamento específico, chamado Escritório de Coordenação de Defesa Planetária, que elabora ações para lidar com tais ocorrências.
Ela consegue rastrear e monitorar os asteroides ao atuar em parceria com a Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN, na sigla em inglês), uma coalizão de alerta internacional.
Em geral, quando um astro perigoso é detectado, os integrantes da IAWN fazem uma análise dele e compartilham os dados.
Se o problema for constatado e todos concordarem que há possibilidade de risco, a NASA emite o alerta.
Nesse caso, existem duas frentes de comunicação: se o asteroide pode atingir os Estados Unidos, o comunicado é feito à Casa Branca; se ele está na direção de outro local, o alerta é enviado para o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral (UNOOSA).
O que seria um asteroide perigoso?
Para que um corpo celeste assim seja ameaçador, ele deve ter mais de 140 metros de diâmetro e estar a 0.5 unidade astronômica de distância.
Para se ter ideia, uma unidade astronômica equivale à distância entre a Terra e o Sol. Se a órbita dele estiver no meio disso, pode se preocupar.
De todos os asteroides mapeados, até então, cerca de 2,3 mil foram classificados como perigosos. Caso eles ameacem a Terra, vale destacar: a NASA possui algumas possibilidades de ação.
Uma delas é que o trabalho de detecção ocorre muito antes do possível impacto. Isso ajuda em caso de adoção de medidas para desviar ou destruir o asteroide.
Esse tipo de reação só é possível de ser colocada em prática quando o astro é detectado de cinco a 10 anos antes do choque com a superfície. A melhor saída, portanto, é manter o monitoramento constante.