Cobra que tem nome de ator famoso é descoberta no Panamá; conheça a espécie

Um detalhe chama a atenção dos pesquisadores: o réptil é muito dócil e não se defende atacando.

Recentemente, um novo tipo de cobra foi descoberto no Panamá e tem chamado atenção de cientistas do mundo inteiro. Ela tem cor laranja e olhos brilhantes. Além disso, recebeu o nome científico de S. irmelindicaprioae. Entretanto, foi batizada popularmente com o nome Leonardo DiCaprio, em homenagem ao ator e ativista de Hollywood. 

Dentre suas características, possui cerca de 38 centímetros de comprimento, tem hábitos noturnos e costuma ficar enrolada nas palmeiras a cerca de três metros de distância do solo, procurando alimentos que invariavelmente são lesmas e caracóis. Veja a foto:

Imagem: Alejandro Arteaga

Diferentemente da maioria dos répteis rastejantes que conhecemos, essa espécie não apresenta comportamento agressivo. Aliás, muito pelo contrário: é considerada dócil e, quando se sente ameaçada, não se defende mordendo. Habitualmente, enrola-se em torno da cabeça e exala um odor forte e fétido.

A descoberta dessa espécie foi feita por uma equipe de biólogos durante expedição. Além dela, outras quatro espécies foram recém-descobertas na América do Sul.

São elas: Sibon Dossel (cobra comedora de caracóis do dossel), Sibon Marleyae (cobra comedora de caramujos de Marley), Sibon Vieirai (cobra comedora de caramujos de vieira) e Dipsas Welborni (cobra comedora de caramujos de Welborn.

O pesquisador Alejandro Arteaga e seus colegas, após um vasto período de estudos, fizeram uma espécie de árvore evolutiva da subfamília das cobras arbóreas. Desse modo, concluíram que as cinco espécies eram distintas de seus parentes em fatores tanto genéticos quanto de aparência, qualificando-se, portanto, como novas espécies.

Espécie recém-descoberta já corre risco de extinção

O detalhe curioso é que as novas espécies dos répteis descobertas recentemente já estão sofrendo uma ameaça iminente de extinção devido à extração de mineração de cobre em ritmo desenfreado. Isso porque a espécie, nativa de locais arbóreos, se alimenta de lesmas e caracóis.

Acontece que a mineração provoca um desmatamento das florestas tropicais nas quais as cobras habitam. Tal exploração constante e, principalmente, ilegal tem contribuído para a poluição dos rios e córregos da região, colocando toda a cadeia alimentar em risco.

Arteaga conclui:  

“Mas as minas legais podem ser o menor dos males. No mínimo, elas respeitam o limite das áreas protegidas próximas, respondem uma autoridade superior e, presumivelmente, é improvável que ajam com violência contra guardas-florestais, pesquisadores e conservacionistas.”

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