Cientistas fazem grande descoberta que pode retardar o envelhecimento

Pesquisa inovadora promete desacelerar o processo de envelhecimento, abrindo portas para uma vida mais longa e saudável.

O processo natural de envelhecimento humano pode causar arrepios e medo em alguns, enquanto outros já enxergam esse fator da vida de forma mais leve, ou seja, como algo que vai acontecer naturalmente e que nunca poderemos evitar.

Como retardar o envelhecimento
Fonte: Canva Pro/Reprodução

A verdade é que atualmente já existem milhares de métodos que fazem o possível para evitá-lo ou ao menos retardar seus efeitos. Em uma era na qual muito se comenta sobre a própria aceitação, é difícil encontrar alguém que não se incomodou com suas rugas e marcas do envelhecimento em algum momento.

Milhares de cientistas estudam diariamente a causa, a cura, e até mesmo a reversão das consequências que o envelhecimento traz consigo. Agora um novo estudo publicado na revista científica Nature acredita ter as respostas para tal fenômeno.

O estudo foi feito por cientistas alemães da Universidade de Colônia. De acordo com ele, não só a transcrição genética acelera com a idade, mas também se torna mais descuidada, gerando mais erros. Os cientistas acreditam que através desta nova pesquisa, é possível reverter esse declínio.

O pesquisador e um dos líderes da pesquisa, Dr. Andreas Beyer, acredita que essa é uma “grande descoberta”. Ele diz com bastante entusiasmo: “Este é o único momento eureka que experimentei”.

Mistérios por trás do envelhecimento

As 15 mentiras mais contadas sobre o envelhecimento
Foto: Dmytro Zinkevych/Shutterstock

Antes desta descoberta, as pesquisas sobre envelhecimento seguiam um padrão relacionado à expressão genética diferencial. Os estudos buscavam entender como esse processo afeta a ativação e a desativação de genes e como isso pode causar um impacto no metabolismo celular.

Porém, como o envelhecimento pode interferir no processo de transcrição em si, isso nunca era questionado, e agora essa questão parece fazer bastante sentido – talvez ela seja uma das chaves para deter ou reverter o envelhecimento.

Para entender melhor a questão, é preciso dar uma olhada mais de perto. Seria como se uma célula criasse a sua própria cópia de RNA formada por um pedaço de DNA.

A cópia de RNA desempenha um papel crucial: ela carrega as informações genéticas necessárias para dar vida a novas proteínas dentro de uma célula.

Essas proteínas são responsáveis por governar a saúde e a funcionalidade das nossas células, e, por sua vez, de todos os seres vivos. Com cada célula no corpo humano desempenhando um papel diferente, é crucial que a transcrição seja perfeita.

“Nossas células se regeneram continuamente,” […] “O que torna cada célula única são os genes ativados dentro dela. Esta ativação é conhecida como transcrição”, explica Beyer.

Então, qual é o problema? Segundo Beyer, a “máquina” responsável por fazer a cópia da transcrição das sequências genéticas, Pol II, começa a cometer certos erros à medida que o tempo vai passando e vamos envelhecendo.

A consequência disso é a criação de “cópias ruins”, que podem causar uma série de doenças no corpo humano.

Corrigindo o processo

Foto: Aarontura TV/Reprodução

Observando pesquisas anteriores, Beyer e sua equipe notaram que elas já mostravam que dietas de baixa caloria e bloqueio do sinal entre insulina e células poderiam retardar o envelhecimento e prolongar a vida útil em várias espécies.

Eles decidiram, então, verificar se esses fatores poderiam diminuir a velocidade do Pol II e reduzir o número de cópias defeituosas.

Os cientistas fizeram experimentos com vermes, ratos e moscas geneticamente modificadas, além de trabalhar com ratos em dietas de baixa caloria.

Em todos os casos, o Pol II se comportou de forma lenta e constante, cometendo menos erros, ao contrário de análises anteriores, em que a substância agia de forma mais rápida e imprudente.

A confirmação veio quando a equipe observou que moscas e vermes, com uma mutação que diminui a velocidade do Pol II, viveram de 10 a 20% mais do que seus equivalentes normais.

Seguindo com as investigações, os cientistas testaram sua hipótese em amostras de sangue humano de indivíduos jovens e idosos. Os resultados foram semelhantes aos dos experimentos realizados com animais, validando dessa forma as descobertas entre as espécies.

“Isso não se aplica apenas a um modelo, como moscas, mas é um fenômeno geral ligado ao envelhecimento”, explicou Beyer.

Em resumo, os experimentos mostram que manter uma dieta saudável ou cortar a ingestão de calorias pode melhorar a qualidade da produção de RNA nas células, trazendo benefícios a longo prazo.

Além disso, a descoberta pode ajudar a manter os cânceres à distância, já que normalmente eles surgem tarde na vida das pessoas devido a erros cometidos ao longo dos anos.

“Essas descobertas abrem novas oportunidades para retardar o envelhecimento ou expandir o envelhecimento saudável”, finaliza o pesquisador.

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