Cientistas descobrem ecossistema na Grande Ilha de Lixo; saiba mais

Em uma nova pesquisa, os cientistas descobriram na Grande Ilha de Lixo, no Pacífico, uma grande quantidade de organismos vivos.

Anos atrás, Charles Darwin estudou quatro ilhas do arquipélago de Galápagos. Por meio desse e de outros diversos estudos que fez ao longo de sua vida, junto aos conhecimentos de Alfred Russel Wallace, ambos desenvolveram a Teoria da Evolução.

Hoje, todos conhecemos essa como a correta teoria de como a humanidade e todos os outros seres vivos do planeta se desenvolveram. Sabemos que a evolução é um processo pelo qual todos os seres vivos passam, pois por meio de mutações temos diferenciações nas mesmas espécies.

Essas diferenciações permitem que o ser vivo se adapte ou não ao ambiente no qual reside. Portanto, é a sua máxima: “o mais forte sobrevive”, ou, em outras palavras, “o mais bem adaptado sobrevive ao ambiente”.

Mas, afinal de contas, qual é o objetivo de toda essa aula sobre História e Biologia? O que acontece é que Darwin e outros cientistas comprovaram que é possível que os seres vivos sobrevivam em ambientes inóspitos, desde que consigam se adaptar.

E isso infelizmente está acontecendo na Ilha de Lixo situada no oceano Pacífico. Muitos podem desconhecer essa ilha, porém é inegável que existe uma enorme quantidade de lixo presente em nossos oceanos. Esse lixo é principalmente composto por plástico, borracha e outros materiais que levam milhões de anos para se degradar.

Consequentemente, as correntes oceânicas do Pacífico acabaram acumulando uma grande parte desse lixo em um ponto específico. Isso devido a esse ponto ser o cruzamento ou “fim da linha” de cinco correntes oceânicas distintas. Logo, nessa ilha, há lixo de todos os lugares do planeta.

Grande Ilha de Lixo do Pacífico
Foto: Alma Londrina/Reprodução

O ‘ecossistema’ da Grande Ilha de Lixo

Logicamente, o local é alvo de estudo de muitos pesquisadores, devido à formação “natural” de uma ilha de lixo. Em uma recente pesquisa publicada pela revista Nature Ecology & Evolution, cientistas descobriram que há espécies de organismos invertebrados vivendo, reproduzindo e disputando território dentro desse local.

De acordo com a pesquisa, foram retiradas algumas amostras de lixo da ilha, as quais, ao serem analisadas, continham a presença de organismos litorâneos e de mar aberto.

Ou seja, com isso, é possível chegar à conclusão de que houve uma “evolução” de ambos para se adaptar a esse novo “ecossistema”.

Segundo a pesquisa publicada, nos 105 itens de plásticos retirados da ilha, existiam 484 organismos pertencentes a 46 espécies diferentes.

Mesmo que isso seja muito interessante do ponto de vista científico, ainda é extremamente perigoso. Afinal, temos um ambiente não natural em que seres vivos estão se desenvolvendo em busca de sobrevivência.

Caso o problema da Grande Ilha de Lixo não seja resolvido logo, não é de se espantar que logo novas espécies de seres vivos sejam descobertas, formadas a partir do contato com a poluição.

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