Ciência investiga: qual é a verdadeira causa da traição nas relações humanas?

A traição é um problema entre casais que ocorre desde os primórdios da civilização humana. Não é à toa que temos tantos mitos e lendas que abordam o tema das formas mais diversas.

Mas, afinal, o que leva alguém a trair a pessoa que ama? Essa pergunta é igualmente antiga.

Contudo, um estudo recente realizado por pesquisadores da Tilburg University e publicado na revista Psychological Science obteve dados bastante interessantes sobre essa questão.

De acordo com os acadêmicos, foram identificados alguns padrões de declínio gradativo no relacionamento, antes de uma das pessoas começar a ter uma relação extraconjugal.

Dessa forma, a ideia inicial do trabalho era buscar entender se os problemas da relação acontecem antes ou depois das traições.

Quais são os efeitos de uma traição?

Imagem: Internet/Reprodução.

Para chegar a um resultado satisfatório, os autores da pesquisa utilizaram 1000 voluntários e os acompanharam por um período médio de oito anos, de modo a medir eventos que impactaram as relações deles.

Assim, cada indivíduo observado possuía um compromisso sério e já havia sofrido com algum tipo de infidelidade.

Logo, os estudiosos realizaram a análise dos índices referentes ao bem-estar de cada pessoa por meio de relatos fornecidos pelos próprios participantes.

Com as informações coletadas, os cientistas descobriram que aqueles que já traíram tinham uma autoestima menor, menos satisfação na relação e menor índice de intimidade.

Seguidamente, as vítimas do ato geralmente contavam com mais conflitos e uma autoestima igualmente baixa, porém, os outros indicativos de bem-estar permaneciam intactos.

Agora, o mais surpreendente no levantamento feito foi a constatação de que mudanças drásticas no relacionamento ocorreram antes da traição se concretizar.

Assim, os casais relataram mais conflitos e menor satisfação antes de uma das partes procurar uma “aventura” fora do casamento ou namoro.

Portanto, após o ocorrido, a maioria não conseguiu se recuperar, e não foram raros os casos em que os indivíduos resolveram optar pelo término definitivo.