Cidade brasileira é uma das favoritas para os nômades digitais; veja qual
Pessoas que podem trabalhar de qualquer lugar do mundo escolhem Brasil como moradia.
O avanço da tecnologia e a possibilidade de trabalhar remotamente permitem que cada vez mais pessoas se tornem nômades digitais, trabalhando de qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Essa tendência tem trazido impactos econômicos e sociais em várias partes do mundo, inclusive em cidades brasileiras.
Além disso, com a pandemia de covid-19, muitas empresas se adaptaram e liberaram funcionários para trabalharem remotamente. Mesmo com a retomada das atividades conforme houve a desaceleração da doença, algumas pessoas continuaram com o home office.
Agora, além de trabalhar na própria casa, muitos profissionais têm se aventurado em viagens para locais distintos. Portanto, visando a esse público com interesse em novos ambientes, o Brasil liberou o visto de nômade digital.
De acordo com uma reportagem do site BBC Travel, o Rio de Janeiro tem sido o destino preferido de estrangeiros que chegam ao Brasil para exercer suas atividades nômades.
Rio de Janeiro é o destino preferido dos nômades digitais
Em comparação com cidades europeias e americanas, o Rio de Janeiro ainda é mais acessível para os nômades digitais, principalmente por causa das taxas de câmbios atuais.
A BBC Travel ouviu viajantes que explicaram os motivos de escolherem a cidade do Cristo Redentor como destino. Para eles, o Rio é mais econômico, pois o dólar ou euro são moedas fortes e sofrem menos impactos da desvalorização da inflação.
“Eu nunca poderia viver na praia na Austrália como vivo aqui. E [Ipanema] é uma das melhores praias do mundo”, comenta Dan Hobbs, proprietário australiano de um café em Ipanema.
“Você obtém muito valor pelo seu dinheiro no Brasil, especialmente se tiver euros e dólares”, disse Jack Krier, que morou por dois meses do Brasil e trabalhou remotamente.
Para estar dentro das normas para emitir um visto de nômade digital, o profissional viajante deve comprovar seu vínculo empregatício e receber no mínimo US$ 1,5 mil por mês. Esse valor exigido é um dos mais baixos quando comparado com outros 43 países que aderiram à modalidade de visto.
“O estrangeiro vem para cá sabendo que os níveis de preços são mais altos por ser um lugar turístico, especialmente nas áreas mais frequentadas pelos visitantes, como as praias da Zona Sul.
Os produtos comercializados nestas regiões são considerados serviços, que agregam várias camadas de logística e de trabalho até sua oferta final.
Mas é algo que ele pode pagar. E, no final das contas, os atrativos naturais e ecológicos compensam frente a outras cidades do mundo igualmente caras”, comenta o economista André Braz.