Cidade brasileira está entre as MAIS CARAS do mundo, aponta relatório

A cada ano, o grupo suíço Julius Baer elabora um relatório listando as cidades mais caras do mundo, levando em consideração uma série de fatores, como valor de moradias, carros, voos de classe executiva, escolas de negócios e jantares com menu degustação, entre outros.

Neste ano, a lista trouxe algumas surpresas e mudanças significativas.

Ásia no topo

A Ásia mais uma vez dominou o ranking das cidades mais caras do mundo, com Singapura, Xangai e Hong Kong ocupando as três primeiras posições. Singapura, que anteriormente estava em quinta e nona colocação nos anos anteriores, subiu para a primeira posição.

O governo local tornou a região ainda mais atraente para indivíduos de alto poder financeiro, mas isso veio acompanhado de um aumento nos preços, tornando a vida na cidade ainda mais cara.

Europa mais acessível

Por outro lado, a Europa se tornou mais acessível em termos de custo de vida em comparação com anos anteriores, devido a um declínio econômico e à desvalorização do euro.

Isso resultou na queda de várias cidades europeias no ranking. Londres, por exemplo, saiu do segundo lugar no ano passado para a quarta posição neste ano, devido ao Brexit e aos desafios econômicos subsequentes.

A América voltou a se destacar no ranking, com Nova York subindo da 11ª colocação, no ano passado, para a quinta posição neste ano. Isso se deve em parte à fortificação do dólar e à recuperação econômica após a pandemia.

Além disso, Miami ganhou 18 posições e alcançou o décimo lugar, graças ao crescimento econômico e à valorização imobiliária na cidade.

A surpresa na lista

A grande surpresa deste ano foi a entrada de São Paulo no top 10 das cidades mais caras do mundo. A cidade brasileira alcançou a nona posição, impulsionada pelo aumento de 37% nos preços de hotéis.

Isso fez com que São Paulo se tornasse a primeira cidade da América Latina a figurar na lista das mais caras.

Imagem: Monique Renne/Reprodução

Outra cidade que surpreendeu foi Dubai, que subiu da 14ª posição na lista anterior para a sétima mais cara neste ano. O retorno de indivíduos ricos à cidade impulsionou a demanda por imóveis e fez com que os preços subissem consideravelmente.

Influência da pandemia nas viagens

O índice elaborado pelo banco suíço identificou uma busca crescente por viagens e entretenimento à medida que as restrições relacionadas à pandemia diminuíam e a liberdade de locomoção voltava a ser uma realidade. Esse aumento na demanda por experiências luxuosas contribuiu para o aumento nos custos em várias cidades do mundo.

O ranking das cidades mais caras do mundo está em constante evolução, refletindo não apenas fatores econômicos, mas também mudanças nas preferências e no estilo de vida das pessoas de alto poder financeiro. A entrada de São Paulo nessa lista global destaca a crescente importância econômica e financeira da cidade no cenário internacional.