Christiane F. | Filme aborda a crua realidade de drogas e prostituição

Embora seja uma produção crua e sem cortes, ela consegue transmitir um alerta. Um triste, fiel retrato de uma geração

Nos anos 80, houve um filme que causava escândalo onde quer que fosse exibido. O motivo para isso acontecer estava ligado à temática escolhida. Chamado de “Eu, Christiane F. – 13 Anos, Drogada e Prostituta”, tinha como base um livro best-seller autobiográfico, no qual a própria Christiane F. conta como eram as coisas durante o final dos anos 70, em Berlim.

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O filme trazia Christiane como protagonista, uma jovem de apenas 13 anos, que fez amizades com viciados em drogas. Ela acabou se apaixonando por Detlev, um viciado e que também se prostituía.

Com receio de ser excluída do grupo, Christiane decide acompanhar seus novos amigos e dá seus primeiros passos no mundo recém descoberto. Primeiro pílulas, depois injetar heroína.

Não é de se espantar que a jovem e seus amigos acabaram se tornando completos viciados. Ponto em que a produção cinematográfica aborda, de forma crua, trazendo até o público mais um documentário do que uma história fictícia.

Ao chegar nos momentos finais da produção, há um ar um tanto deprimente, pois Christiane e seus amigos passam a se aprofundar ainda mais no mundo das drogas.

O filme não poupou esforços em deixar explicito a realidade e, por essa razão, a produção acabou levando dois anos para finalmente ser exibida no país, sem a presença de cortes.

Naquela época, só não havia sido descoberto o vírus da AIDS, para deixar a situação ainda mais dramática. Já que os jovens acabavam e prostituindo com homens mais velhos para conseguir dinheiro e comprar drogas.

Christiane foi uma das poucas integrantes do grupo de amigos que conseguiu sobreviver por um período mais longo e, no tempo que se manteve viva, realizou palestras sobre drogas. No entanto, ela ainda admitiu que, depois de velha, ainda enfrentou muitas recaídas.

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