CCI acusa produtores de plástico de mentirem sobre a reciclagem

Alerta de choque: a indústria do plástico promoveu a reciclagem, sabendo de sua viabilidade questionável.

A constatação de que o sistema de reciclagem de plástico está longe de ser eficiente já não nos surpreende mais.

Entretanto, recentemente, a Associação Americana Centro de Integridade Climática (CCI, na sigla em inglês) lançou um relatório que joga luz sobre a verdadeira dimensão desse problema.

O documento da CCI não poupou críticas à indústria do plástico, alegando que ela promoveu a reciclagem desses materiais consciente da frágil viabilidade técnica e econômica do processo.

A dificuldade em reciclar plásticos reside na diversidade dessa matéria-prima, cada tipo tem propriedades funcionais e químicas específicas.

Apesar de todos serem destinados à coleta seletiva, a separação e reciclagem efetiva tornam-se um desafio, muitas vezes inviável.

O relatório levanta uma questão intrigante: a reciclagem de plástico é, na verdade, uma ilusão?

Os números apresentados indicam que a reciclagem eficaz de plásticos é uma meta inatingível, tanto do ponto de vista econômico quanto tecnológico.

Resposta da indústria frente à acusação

Naturalmente, o setor não permaneceu silente diante das acusações. O Conselho Americano de Química (ACC, na sigla em inglês) emitiu um comunicado argumentando que os fabricantes de plástico investem significativamente em tecnologias inovadoras para separar, capturar e reciclar a maior variedade de plásticos.

Diante do impasse, quais são as alternativas viáveis?

Pesquisa questiona a viabilidade da reciclagem de plástico ao longo das décadas – Imagem: Reprodução

Enzimas capazes de decompor polímeros plásticos surgem como uma aposta promissora, quebrando as cadeias de polímeros e convertendo-as em moléculas inofensivas.

O tempo não admite demora diante da crescente poluição por microplásticos e nanoplásticos, cujos resíduos já alcançaram os lugares mais remotos do planeta.

Em resumo, em um cenário onde a reciclagem de plástico se revela uma ilusão, a busca por soluções inovadoras ganha urgência.

Enquanto a indústria do plástico defende avanços tecnológicos, as alternativas, como enzimas que desintegram polímeros, despontam como possíveis caminhos.

Em meio à urgência de soluções, a necessidade de compreender os impactos desses resíduos na saúde e no ambiente torna-se ainda mais premente, considerando o desconhecimento atual sobre as consequências potenciais.

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