Supermassivo: descoberto buraco negro bilhões de vezes maior que o Sol
Na última quarta-feira (29), cientistas de Durham encontraram a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra um buraco negro com a massa de 30 bilhões de sóis.
Os mistérios do espaço profundo sempre interessaram a humanidade, principalmente a partir do momento que grandes pensadores compreenderam a existência da gravidade e o heliocentrismo.
Porém, foi principalmente a partir da corrida espacial que a humanidade passou a voltar mais e mais esforços para compreender o Universo que nos cerca.
Uma das grandes descobertas nesse período foi a existência dos buracos negros. Como muitos já sabem, eles são esferas extremamente massivas que conseguem capturar até mesmo a luz, de forma que nada é capaz de escapar dessa singularidade.
Eles foram teorizados por John Michell em 1784, porém somente com a teoria da relatividade de Eistein que foi possível compreender com exatidão como o evento ocorre.
Atualmente, sabemos que buracos negros são formados pela morte de uma estrela supermassiva. No entanto, esse não é o fim de seu crescimento.
Isso porque os buracos negros podem continuar crescendo pelo resto da vida, seja absorvendo a matéria ao seu redor, seja fundindo-se com outros buracos negros. Esse processo acaba formando o que fica conhecido como buraco negro supermassivo.
Novo buraco negro supermassivo é descoberto
E é justamente sobre essas singularidades praticamente inimagináveis que falaremos agora. Na última quarta-feira (29), o astrônomo James Nightingale, junto de sua equipe, publicou um artigo na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
No artigo, os astrônomos revelam a descoberta de um buraco negro supermassivo, que possui o tamanho de trinta bilhões de sóis. De acordo com os pesquisadores da universidade de Durham, no Reino Unido, essa singularidade está a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra e foi descoberta graças às lentes gravitacionais.
Por sua vez, as lentes gravitacionais são um fenômeno muito comum quando se tratam de buracos negros, pois eles distorcem até mesmo a luz que os cerca.
No entanto, lentes gravitacionais não são exclusivas deles. Na realidade, esse é um fenômeno que afeta a forma como vemos objeto com muito massa, ou seja, que distorcem o espaço a sua volta. Dessa forma, vemos a imagem como uma espécie de “lente distorcida”, daí o nome.
E foi exatamente por conta desse fenômeno que Nightingale e seus colegas conseguiram captar a presença desse novo buraco negro. A comprovação veio por meio de imagens do satélite Hubble e de projeções computadorizadas.
Como medida de comparação, o buraco negro presente no centro de nossa galáxia, o Sagitário A*, possui uma massa de quatro milhões. Com base nisso, é possível compreender um pouco da dimensão quase inacreditável que possui essa nova singularidade.